Não andava de bicicleta há anos...muitos anos.
Fiquei grávida, depois ela era pequenina, eu não tinha confiança suficiente para a colocar numa cadeirinha.
Fiquei grávida, depois ela era pequenina, eu não tinha confiança suficiente para a colocar numa cadeirinha.
Depois ela começou a andar na dela. Com as rodinhas e tal íamos para o paredão. Mas tinha um problema, andava a olhar para trás.
Então, tinha de ir eu sempre a pé a controlar para ela não chocar contra nada nem ninguém.
Este fim de semana fomos para uma rua sem carros mas ela fazia as curvas muito apertadas. De tal forma que a bicicleta tombava para um dos lados.
Fiz um trajecto no chão com giz e disse-lhe, se fizeres isto bem a mãe trás a bicicleta dela e andamos as duas.
E assim foi, ela aprendeu a fazer as curvas largas e eu fui buscar a minha bicicleta aos fundos da garagem.
Ela adorou estar a encher os pneus e a ajudar-me a preparar a minha bicicleta.
- Porque é que a tua bicicleta não tem rodinhas, mãe?
(...)
E depois fomos andar as duas.
Ela quis fazer corridas, ela quis andar atrás de mim, à frente. O que nos divertimos.
Recordei o quanto eu adorava fazer passeios de bicicleta, receber o vento na cara, ficar mal disposta com o esforço de uma subida, mas recuperar logo a seguir na descida.
Chegar a casa exausta, mas com um sentimento de euforia, liberdade e felicidade.
E agora, agora tenho mais razões para esses sentimentos: estou acompanhada pela melhor filha do mundo e a passar-lhe um dos prazeres desta vida (pelo menos para mim).
Bem-vinda Primavera e que comecem os passeios!!!
Ass.:
Eu mãe
Nota: Ainda temos um problema nas descidas, ela não trava e pior dá aos pedais, que só a faz desequilibrar ainda mais. Mas lá chegaremos, as ruas da nossa aldeia que nos esperem, que temos só mais uns fins-de-semana a treinar na rua sem carros.
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