Tenho-me contido de escrever sobre os atentados em Paris.
Publico uma ou outra frase feita, mas o que vai cá dentro da minha alma, tem ficado comigo, mas está na hora de o partilhar.
Publico uma ou outra frase feita, mas o que vai cá dentro da minha alma, tem ficado comigo, mas está na hora de o partilhar.
De todas as atrocidades que correm o mundo, esta, por ter acontecido agora, no momento em que tenho 2 filhos recém-nascidos, faz-me ter medo, muito medo e encolher-me como menina que sou.
É este o mundo que tenho para oferecer aos meus filhos?
Terá sido um acto de egoísmo meu e do pai, querermos colocar neste mundo de crueldade mais vidas. Não bastava já os que tínhamos para sentir o frio no estômago de cada vez que se vêem notícias cruéis?
Terá sido um acto de egoísmo meu e do pai, querermos colocar neste mundo de crueldade mais vidas. Não bastava já os que tínhamos para sentir o frio no estômago de cada vez que se vêem notícias cruéis?
Os meus filhos, todos eles, que hoje estão comigo, serão (se é que não são já) filhos do mundo. Poderão um dia estar a ver um concerto e uns animais entrarem lá e cometerem atrocidades como estas.
Os meus filhos que amo mais que a minha própria vida, poderão um dia ficar sem mãe porque uns bárbaros decidem amar mais a religião do que o mundo.
Podiam ser outras as notícias, o namorado que matou a namorada, o outro que atropelou e fugiu, o que violou e espancou a rapariga que ia passar na rua, o que faz bullying na escola.
Fossem quais fossem as brutalidades cometidas, o facto de ter filhos faz-me ter medo.
Mas depois vejo os jornais.
Aquele senhor que perdeu 3 minutos da sua fuga para ajudar a senhora pendurada no parapeito;
Ou aquele outro que colocou uma desconhecida debaixo de uma cadeira para a salvar;
Ou o que tapou a cara da rapariga que se fingia morta;
Isto para não falar nos que abriram a porta de sua casa para socorrer quem conseguia fugir.
Ou aquele outro que colocou uma desconhecida debaixo de uma cadeira para a salvar;
Ou o que tapou a cara da rapariga que se fingia morta;
Isto para não falar nos que abriram a porta de sua casa para socorrer quem conseguia fugir.
E aí vem a esperança, a esperança num mundo melhor.
A constatação que ainda há pessoas boas no mundo. Que há pessoas que além do amor próprio e o amor pelo seu Deus, têm amor pelo outro.
E o medo é substituído pela esperança, a menina é substituída pela mulher que sou.
A constatação que ainda há pessoas boas no mundo. Que há pessoas que além do amor próprio e o amor pelo seu Deus, têm amor pelo outro.
E o medo é substituído pela esperança, a menina é substituída pela mulher que sou.
E vem a vontade de ter mais e mais filhos e educa-los com todo o amor que há no mundo para que também eles amem o próximo e juntos seremos mais e melhores para construirmos um mundo onde possamos viver sem medo.
Será que conseguimos?
Eu quero acreditar que sim.
Eu vou agarrar-me à esperança.
Eu vou agarrar-me ao amor.
Eu vou ser a mulher e não a menina.
Eu quero acreditar que sim.
Eu vou agarrar-me à esperança.
Eu vou agarrar-me ao amor.
Eu vou ser a mulher e não a menina.
Vêm comigo?
Ass.:
Eu mulher
Eu mulher
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