Ela chegou da escola com um sorriso rasgado, um orgulho imenso:
- Olha mamã!
O meu ar incrédulo ao olhar para a bata da escola riscada e o olhar dela desvaneceu-se...
- Estás chateada, mamã?
Culpa, muita culpa eu senti, ela estava tão orgulhosa da sua obra de arte e eu desmanchei aquele olhar.
- Filha, não é chateada, é que não é suposto fazeres desenhos na bata.
- Desculpa mamã, eu não sabia. Desculpas?
Como poderia não desculpar, eu nunca lhe disse que não se escreve na bata.
Mas como ralhar?
Não consegui.
- Não há nada para eu desculpar, tu não sabias. Mas não voltas a fazer, certo?
E olha agora vais mostrar-me os teus desenhos e dizer o que são.
E pronto, aquele olhar levou a melhor.
Mas também se fizermos só o que é suposto a vida não é nada divertida, pois não?
E eu quero que ela se divirta, quero que saia fora da caixa.
E eu quero que ela se divirta, quero que saia fora da caixa.
Ah, temos 1 árvore de natal, com a devida estrela, 1 coração, 2 prende monstros, 2 borboletas e 1 flor.
Ass.:
Eu mãe
Eu mãe
PS - infelizmente o "suposto" ficou lá, tenha sido pelo meu olhar ou por algo que alguém lhe disse na escola, o que é certo é que ficou, hoje não quis levar a bata para a escola e pediu-me se podia esfregar os desenhos da bata.
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