Sempre a incentivámos a ajudar o outro, mas não fiquei muito convencida, até porque em casa só oiço:
- Mãe, ajuda-me a comer
- Mãe, ajuda-me a arrumar o quarto
- Mãe, ajuda-me a calçar os sapatos
- Mãe...
Se é por não haver mais crianças, é possível, o que é certo é que eu nunca tinha presenciado assim uma grande solidariedade, apenas a necessária quando nós insistimos.
Fomos à natação e eles estavam a fazer um exercício de ir buscar letras à outra ponta da piscina.
Vejo a M muito decidida, cheia de garra apanhou uma letra e foi coloca-la no lugar. Voltou a ir à outra ponta da piscina, mas desta vez apanhou duas letras.
Eu comecei a ficar cheia de vergonha, a sacanita estava a fazer batota, tenho de lhe tirar esta mania de querer ser a primeira, pensei com os meus botões.
Quando vejo que a meio do percurso encontra uma das coleguinhas que ainda estava em sentido contrário e dá-lhe uma das letras.
Afinal ela não estava a fazer batota para ganhar, mas sim para ajudar a amiga.
Acho que não preciso de mais provas...
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