segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tenho a honra de apresentar...

Ela escreve muito bem e tinha de "A" ter aqui.
Ela é da minha família e já "A" tenho no coração.
Ela faz-me ser melhor pessoa e tenho provas disso aqui e em outras situações também.
Assim, nesta época de Natal, pedi-lhe para falar de família.
Porque nesta época há sentimentos que nem todos damos conta, nem todos compreendem.
Mas Ela sente, como muitas outras mães poderão sentir.
Não falo de sentimentos de pessoas que nos possam ser distantes, classes sociais diferentes ou outras culturas tão distintas das nossas.
Falo das famílias modernas, famílias onde há os filhos dele, os filhos dela, e muitas vezes os comuns.
Muito se fala dos sentimento das crianças de pais separados, mas pouco se fala dos sentimentos das Mães que têm filhos e reconstruíram as suas vidas separadas dos pais dessas crianças.
E Ela além de escrever maravilhosamente, sabe o que é sentir na pele essa miscelânea de sentimentos.
Ela é a Sandra Leal e escreveu para este blog assim:
As nossas festas felizes, 
Talvez por ser de uma família tradicional,  sinto-me «moderninha» mas moderninha sem ser no bom ou no mau sentido é apenas sentido. 
Casada com o pai de uma menina de 11 anos e eu mesma , mãe de uma menina de 12. Portanto cá em casa há um pai/padrasto, uma mãe/madrasta e filhas/enteadas. É muita figura para um presépio só? Não sei, sei que corre bem. Há mistura de um enorme bom senso e muito amor.
Sabemos todos que escolhas implicam perdas, vais para a direita deixas de saber o que tens à esquerda, fácil. O que não é tão fácil é gerir essas perdas ou projetares o que poderia ter sido se não fosse assim.
Sabemos também todos que os filhos valem tudo ou quase tudo, porque não vale hipotecar a felicidade dos pais pela permanência com o pai dos filhos, porque os filhos não querem pais infelizes. Os filhos querem pais felizes mesmo que para isso os repartam. Sei porque já perguntei e é assim, eu sei que é assim. Vai por mim. O melhor é sem duvida uma família feliz, se der para ser tradicionalmente feliz, melhora claro.As nossas festas são felizes, não faltam pais porque somos uma família completa, não nos falta nada.
O meu natal é ano sim, ano não, mas acreditem que no ano sim me desforro, faço o pino, jogo à macaca, faço desenhos, bolos, penteados, jogos as cartas todas, sem nada na manga. Digo que amo, escrevo e sabe o quão importante é para mim, não escondo nada. O ter anos não, permite ter gigantes anos SIM.
A nossa vida é uma festa, porque a regra é sem saudades, arrependimentos ou apegos, estamos apenas comprometidos em ser e saber quem somos, e mesmo quando descobrimos que nem tudo o que somos é bom, aceitamos porque aceitar que não somos perfeitos é um dos exemplos que deixamos, choramos, enxugamos as lagrimas uns aos outros e seguimos em frente porque amanhã seremos melhores, faremos melhor, saberemos melhor, mas agora é assim e é um enorme presente, estar presente.

Obrigada Sandra Leal, obrigada por estares presente.

Ass.:
Eu mãe

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