domingo, 23 de agosto de 2015

Babies report

E às 27 semanas e 5 dias:

Baby P - 1132g

Baby T - 1119g

Como o peso não é tudo, ambos no percentil 50 e ainda tive direito a ouvir da médica um:

"Você nasceu para isto"

Por isso, venha o Euromilhões:
- barriga para bebés - check
- amor para todos - check
- paciência para os educar - por enquanto check

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Obrigado

Não as obras ainda não acabaram, mas...

Obrigado ao senhor das obras que hoje veio de manhã e permitiu que às 18.30 tivéssemos tudo arrumado, limpo e 3 banhos tomados;

Obrigado ao senhor das obras por além de estar connosco nos preparativos para recebermos os gémeos, estar a remendar 50 mil coisinhas cá em casa e nos permitir sentirmo-nos ainda mais em casa (sim, já começo a ver as pontas soltas a ficarem presas);

Obrigada à mãe, ao pai e à amiga da M que hoje passaram a tarde com ela num parque. Não só me ajudaram a mim a ficar mais descansada em casa, como fizeram a minha filha feliz (obrigada, obrigada, obrigada).

Ass.:
Eu mãe mulher

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O descanso da família

6.20 da manhã - sms do senhor que não pode vir hoje.

Sentimentos:

Yupi!!!
Podemos descansar da estafa de ontem, podemos ir fechar as pontas soltas de coisas a fazer na rua, podemos montar mais algumas coisas em casa, podemos ir ao parque.

Bahhh!!!
As obras nunca mais acabam, adiar o que não tenho para fazer, não gosto muito.

Prefiro optar pelo primeiro, vamos ver o copo meio cheio.

Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Mais um dia...

7:45 levantamo-nos, o senhor das obras chegaria às 9h.
Tomamos pequeno almoço e começamos a desarrumar o quarto que iria ser pintado.
9horas, o senhor não chega.
Tudo bem no outro dia chegou as 10.30.
10.20 eu ligo.
- Patati patata, estou a caminho...
- A caminho, mas a que horas chega?
11horas
11horas nada
11.15 nada
11.30 nada
Os nervos continuam, coisas na rua para fazer e ninguém saiu de casa porque o senhor vinha trabalhar a manhã.
12h chega mas não vai para o quarto, mas sim casa de banho.
14h - vou só almoçar qualquer coisa, daqui a 45min estou de volta.
14.50 nada
15h nada
15.30 nada
15.45 nada
16h nada
Eu furiosa, M impaciente, Maisquetudo relativamente tranquilo, desde que o oiça 50 vezes.
Passo-me com a M, peço desculpa, estamos ambas impacientes.
- Mas o pai não está impaciente!

- Pois, o pai tem mais paciência que a mãe, desculpa (o que tu não sabes filha, é que o teu pai, ficou como nós à espera do senhor e depois teve de ir ajuda-lo nas obras, não foi ele que jogou 50 peixinhos, não foi o pai que jogou poções contigo, não foi o pai que jogou jogo da memoria, que te levou(porque tu pediste muito) a fazer o almoço, não foi o pai que aturou a tua birra por não te ter deixado lavar o tupperware 300 vezes mas sim só 259. Tudo isto somado aos meus sentimentos para com as obras aos meus sentimentos de culpa de te fazer ficar fechada em casa, com o teu quarto impossibilitado de lá entrares, televisão também não é a tua praia e mesmo se fosse, só aumentaria o meu sentimento de culpa. E logo nestes dias que a tua avó está a 300 km, mas também eram só 2 dias, que afinal já vão em 1 semana - desculpa filha, mas a minha paciência está a esgotar-se e tu és a que tem menos culpa nisto tudo).

16.30 o senhor chegou, foi para o quarto, boa! A seguir outro quarto tratado, a coisa está a avançar ( pode ser complicado apanhar cá o senhor, mas quando começa avança a toda a velocidade).
19h foi embora.
A casa de banho que tinha começado de manhã ficou a meio, ainda bem que temos 2.
19.30 fomos os 3 arrumar o quarto dela, aspirador avariou-se a meio, 1 prateleira está a descair e vejo que não consigo enfiar todos os brinquedos dela nas prateleiras que pedi ( penso nisso depois hoje já não tenho capacidade).
20.30 começamos a tomar banho à vez
21.30 estamos a jantar ceralac e queijo fresco com torradas.

E assim se passa mais um dia de obras em casa.

Estou exausta e não é fisicamente (afinal passei o dia sentada no sofá, fiz um almoço e sentei-me numa cadeira a dar peluxes ao Maisquetudo para ele colocar numa prateleira), é tudo, ansiedade, impaciência, culpa e mais uns quantos sentimentos à mistura.

Será das hormonas da gravidez?

Ass.:
Eu mãe mulher menina

Ps - Amanhã está programada uma manhã com início as 8.30 para terminar com tudo o que falta, vamos ver...

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O que aprendi com a primeira gravidez (e com a segunda também)



E por estar sempre a aprender com a M, como escrevi aqui, por ter aprendido tanto na gravidez dela e agora na gravidez dos gémeos, e por ter de escrever para não me esquecer, decidi fazer uma lista de tudo o que aprendi nestas fases pelo menos o que me lembro.

Dicas úteis ou não experiências que me correram bem, outras vezes trapalhadas que serviram para aprender, para nos adaptarmos para correr melhor.
Serve de lista para mim e dicas para grávidas que estejam desse lado e queiram acrescentar às suas próprias listas.

Grávidas e não grávidas, mães e não mães, aceitam-se mais sugestões, mais experiências para todas pudermos aprender, especialmente nesta fase em que ficamos mais inseguras e não esquecer que a flexibilidade é o rumo a seguir, porque como já partilhei aqui cada bebé é um bebé e são eles em conjunto com os pais, que vão saber o que é melhor.


  • Levar muitas mudas para a maternidade e se não levar deixar preparadas em casa. Lembro-me que levei 5 mudas para a M na maternidade e não chegaram. Fosse a inexperiência a mudar fraldas, fosse o ela ter frio o que é certo é que molhava a roupa toda quando lhe mudávamos a fralda - buhhhhh) sei que tive de pedir ao Maisquetudo que me levasse mais roupa de casa e foi uma carga de trabalhos. Como eu é que tinha arrumado as gavetas, eu é que sabia onde estava o quê. Conclusão tive de lhe dizer ao telefone tudo, gaveta x bodys, gaveta y babygrows, meias... Se tivesse já deixado em casa organizadinho teria sido muito mais fácil. Eles não sabem qual a nossa estrutura conceptual da arrumação das gavetas, já é uma sorte quando sabem quais as peças de roupa que compõem um conjunto (é que ela molhava mesmo tudo). Eles têm de saber o caminho para o hospital, como colocar os cintos no ovinho, essas coisas. O resto se souberem melhor, senão há que facilitar. 
  • Já depois de estar em casa vi uma dica que gostei, desta vez vou usa-la. Usar aqueles sacos do pão e de congelação da vileda, com fecho de correr para levar as mudas das roupas, ficam bem mais organizados e porque não deixar já em casa uns 2 ou 3 feitos?
  • Comprar resguardos de papel, sim de usar e deitar fora. Desculpem-me os ecologistas, mas nesta fase queremos é coisas práticas e dá para usar o mesmo resguardo muitas vezes. Sim, só no hospital percebi que eles usavam esses resguardos. Mais uma vez por inexperiência, achava que bastava os de tecido todos bonitinhos que temos no muda fraldas. Não. Os de papel em cima dos nossos poupa-nos imenso trabalho, se há acidentes vão para o lixo, e ainda temos o debaixo bom. Quanto menos stresses tivermos no início melhor. Eu utilizava ao mudar a fralda e depois do banho também. Na altura vendiam-se ao pé das fraldas de adultos, usava os mais pequeninos e marca branca, hoje já percebi que já há ao pe´das fraldas de crianças.
  • Escolher bem em casa, a roupa que vamos sair da maternidade. Não vamos sair de lá sem a barriga que tínhamos, nem pensar, por isso é melhor mesmo uma roupa de grávida. Eu escolhi um vestido, mas... não era aberto à frente e no dia de sair, claro está que me vesti mal me levantei, o médico demorou a vir dar a alta que tive de dar de mamar de collans e soutien.
  • Já em casa, fiz uma dica que uma amiga me deu. No berço, coloquei uma fralda de pano bem esticada, sem haver perigos de se enrolar nem nada, bem esticada e presa debaixo do colchão, no sitio da cabeça. Se houvesse algum acidente de bolsar, só tinha de trocar a fralda e não os lençóis todos.
  • Também coloquei uns livros debaixo dos pés da cabeceira do berço, para estar ligeiramente inclinado, mas isso acho que já devem saber.
  • Quando dava maminha, fazia como me tinham dito no curso. Primeiro a maminha e depois mudar a fralda, com a teoria que eles fazem logo os xixis e cocos a seguir. A coisa também não me corria bem. Mesmo depois de arrotar, ela com as voltas da fralda, acabava por bolsar o que tinha acabado de comer (podia ter comido demais, é certo, mas sempre?). Lá tinha de trocar a roupa toda novamente, se não era do cu era das calças. Então comecei a fazer ao contrário, primeiro mudava a fralda e depois dava maminha. Se fazia logo a seguir xixi, pois não sei, só a trocava passado 3 horas e nunca assou o rabinho.
  • Para já, vou comprar marca dodot para as fraldas. São muito pequeninos e e confio na marca, mas quando forem mais crescidos a marca pingo doce é muito boa e barata ups, se calhar não devia dizer isto, assim a dodot nunca me irá oferecer nada,. Há que ser prática e o dinheiro não cai das árvores. E lembro-me até da altura da M que saiu um estudo da deco a dizer que esta era a escolha acertada. Eu da M já mudei muito tarde e mesmo por uma questão de necessidade prática. Há noite o xixi vinha todo para fora, todos os dias. Mantendo a marca dodot, mudámos os tamanhos e era sempre a mesma história, e mudar roupa, e lençois todos os dias não era facil. Na creche falaram-me do Pingo Doce e sou sincera, fiquei fã e o preço é metade das outras. No entanto para recém nascidos tenho algum receio de alergias e isso. Por isso para já dodot, mas experimentarei Pingo Doce mais cedo do que com a M.

Para já tinha estas dicas em mente, se quiseres ajudar, depois farei novo posto com as vossas e mais minhas que me irei lembrar com toda a certeza.

Ass.:
Eu mãe


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Too much?

Há muito tempo, a M perguntou-me como ela nasceu.
E eu contava-lhe a história, que o pai e a mãe gostavam muito muito um do outro e que do amor de 2 pessoas nasceu um bebé, ela.
A coisa foi muito enfeitada, estilo conto de fada, sim, mas ela era pequenina e portanto pegou.
Ela até pedia para eu lhe contar a história como se de uma historia de um livro se tratasse tal era o encanto que eu lhe colocava e não fazia mais perguntas.

Um tempo depois, voltou a pedir, mas com perguntas, muitas perguntas.
Continuei a mesma história, acrescentado pormenores que ela queria saber.
 - Como é que o bebé fica na barriga da mãe?
Pois então veio a história da sementinha.
O pai põe uma sementinha na barriga da mamã e a sementinha transforma-se num bebé que vai crescendo e crescendo dentro da barriga da mãe.
Tive o cuidado de dizer que era uma sementinha do papá, não fosse ela baralhar com a semente da maçã ou coisa que o valha.

Mas agora a curiosidade continua, ainda por cima com ela a ver a barriga a crescer de dia para dia:
 - Como é que o pai pôs a sementinha na barriga da mamã?

Ora pois...
 - Olha, filha, agora é muito tarde e vamos dormir, amanhã a mamã explica, sim?

Pois é!
Enfiei o rabo entre as pernas e vim-me embora.

Contei ao Maisquetudo.
Ele: Explicaste-lhe, claro!?
Eu: Not yet. Mas explico o quê? Que o pai põe a pilinha no pipi da mãe?
Ele: Argh sei lá! Pois!!!

Não lhe quero mentir, claro que não.
E também sei que as crianças só retêm aquilo que estão preparadas para reter.
Mas também admito que não é um assunto fácil.

Do pai, a ajuda não foi muita, só que tenho de lhe dizer, obrigadinho!

Mas tenho um trunfo, acho eu.
Eu tenho este livro A Mamã pôs um Ovo.


Acho o livro o máximo.
Muito claro, divertido, engraçado.
E até já lhe mostrei há cerca de 1 ano, quando o livro chegou cá a casa.
Ela viu o livro todo e não lhe despertou interesse algum.
Agora...acho que está na hora de voltarmos a pegar no livro.

 - Mas será demasiado?
 - Estará ela preparada para tudo o que vamos encontrar no livro?
 - Estarei eu preparada para lhe explicar tudo o que está no livro?
Acho que a questão está mesmo aqui.

Bem para quem não conhece o livro está disponível neste filme, é curto e não se arrependerão de ver.


Vou-me encher de coragem e vamos ver como corre.

Ass.:
Eu mãe



O estômago dos bebés

No curso de preparação para o parto que fiz quando da gravidez na M já me tinham dito.
Agora encontrei novamente nestes meandros da internet esta imagem.


Ter leite para isto parece ser fácil, visto assim, desta maneira, é preciso é que todas as peças encaixem.
Espero mesmo ter leite para isto a dobrar.

Ass.:
Eu mãe


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Vocês sabem o que isto é?

Vocês sabem o que isto é?


É o meu Boletim de Vacinas. Uma autêntica relíquia.
Encontrei-o no outro dia e tive a excelente noticia que deveria ter tomado a vacina do tétano em 2001.
Se calhar ainda vou a tempo, não?
Ainda bem que com a saúde dos meus filhos não sou como na minha.

Ass.:
Eu mulher


Yupi!!!!



No Continente as fraldas de recém nascido Dodot estavam em promoção.
Acabei de comprar 1 pacote, juntamente com outro que a minha mãe me tinha dado, já estou pronta para 4 dias de mudar as fraldas, uma riqueza.

Yupi!!!

Ass.:
Eu mãe



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Conversa de piolhos


Cá em casa às vezes tratamos a M por piolhita.
De uma forma carinhosa é claro, ela é a nossa piolhita.

No outro dia estávamos a brincar e eu disse-lhe:  - Oh filha, se tu és a piolhita, quando os manos nascerem vão ser as pulguitas.

Resposta: - Não não, eles vão ser lêndeas!

Pois claro, tem toda a razão.
Não sei é se soará muito bem.

Ass.:
Eu mãe

Podem imaginar eu a limpar a minha própria baba, sim?



Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Pediatras

Fomos ao pediatra com a M.

Felizmente há muito tempo que lá não íamos, pelo que foi surpresa o meu estado de graça.
Claro que aproveitei para fazer uma série de questões sobre os gémeos, nomeadamente que eu tinha lido que há variadíssimas mães que colocam os gémeos a dormir os primeiros meses na mesma cama.
No sentido que eles estão habituados a estar juntos e ficarão felizes se assim continuarem.
Perguntei-lhe a opinião e mais uma vez este médico espanta-me com a sua resposta.
 - Eu acho muito bem, mas são eles é que nos vão dizer o que acham, nós é que vamos aprender com eles.
Mas é mesmo isto, às vezes andamos tão coladas ao que os estudos dizem ou deixam de dizer, ao que resultou com esta ou outra mãe, à sabedoria dos pediatras, mas na realidade são eles, os bebés, as crianças que nos ensinam tanto e tanto.
Fico mesmo feliz de ter um pediatra assim para os meus filhos.

Logo de seguida tive outra prova em como eu aprendo tanto com a M.
A consulta era uma consulta de rotina, tudo normal, mas tinha de levar vacinas, andei a prepara-la uns tempinhos antes, mas tinha um bocado de medo que lhe doesse e houvesse choradeira.
Mas...
Tenho tanta sorte com a filha que tenho.
Levou 2 vacinas, uma em cada braço e nem um ai, nem um estremecimento, nada de nada, parecia que lhe estavam a fazer festinhas nos braços.
Uma valente.
Aguardamos nos próximos dias alguma reacção do próprio organismo, mas para já, a primeira fase não podia ter corrido melhor.



Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cabeça de grávida



Já tinha lido que as grávidas ficam mais mais "lentas", e não é só fisicamente.
Segundo os estudos está tudo explicado, se por um lado andamos de cabeça na lua a pensar na vida que está dentro de nós, por outro, o nosso organismo também selecciona o seu esforço para onde é mais necessário (que felizmente é a vida que carregamos dentro de nós).

Já tinha reparado, demoro muito mais tempo a fazer qualquer tarefa, e sim é por questões físicas, mas  também pelas mentais.

Se não escrevo logo o que estou a pensar, lista de compras por exemplo, depois já não me lembro, ou lembro quando o Maisquetudo chega a casa sem tudo o que é necessário.

Vou ao pão, peço o pão que quero, pago e venho-me embora.
O pão? Só me lembro quando quero lanchar e não há pão.
É chato, muito chato, tenho de pegar no carro e ir à padaria buscar o pão que ficou em cima do balcão.

Ass.:
Eu mulher (acho que agora falta aqui um "Eu grávida")

É preciso libertar as mães

Não não, não vou falar nos incentivos à natalidade, nem o problema de natalidade do nosso país, nem nada dessas coisas.

Deparei-me com este texto na net fez-me sentido.
A autora é Constança Ferreira, Terapeuta de Bebés e Conselheira de Aleitamento Materno OMS/Unicef e o titulo: É preciso libertar as mães"

É preciso libertar as mães das teorias. É preciso libertar as mães das tabelas com horas. Das aplicações de telemóvel que apitam a avisar que é hora do bebé comer. Ou de mudar a fralda. Ou de dormir. É preciso libertar as mães dos palpites e conselhos que as fragilizam. Dos “especialistas” e seus métodos “infalíveis”. De todos aqueles que paternalisticamente lhes dizem, ainda que mais ou menos subtilmente, que estão a fazer tudo mal.
É preciso libertar as mães da pressão de que têm que saber logo tudo. Ou que têm que acertar à primeira.
É preciso libertar as mães da ideia de que os seus bebés não sabem nada. De que precisam de ser orientados em tudo. De que os bebés não sabem o que é melhor para eles.
– Os bebés sabem sim o que é melhor para eles. E o melhor para eles em quase todas as situações é estar junto à mãe. Por isso o pedem.
– É preciso libertar as mães da ideia de que o bebé precisa de “aprender a dormir”. Ou a “autoconsolar-se”. Ou que é preciso incentivar o bebé a ser autónomo mal sai da barriga.
Sim, o bebé será autónomo um dia.
Provavelmente no dia em que deixará também de ser isso mesmo: um bebé.
(e esse tempo chega tantas vezes rápido demais)
Mas, para já, este é o tempo para estarem juntos. Os bebés humanos não são, por determinação biológica, autónomos. Eles precisam das mães.
– Há muitos motivos para ser assim. Entre eles conta-se a sobrevivência da espécie. Mas falaremos melhor sobre isso noutra ocasião.
Para já, é preciso dizer às mães que os bebés precisam delas porque é mesmo assim. Não porque a mãe esteja a fazer algo de errado. E é preciso libertar as mães do medo dos “vícios e das manhas” para que o colo que o bebé lhes pede não lhes pareça uma prisão.
É preciso libertar as mães de quem acha, mais ou menos dissimuladamente, que os bebés são pequenos seres manipuladores. É preciso libertar as mães da pressão “para não ceder”. É preciso libertar as mães da ideia de que um choro de fome é mais importante que um choro assustado que pede colo ou aconchego no meio da noite.
E é preciso.. não… é urgente libertar as mães da desconfiança para com os seus bebés.
Porque ninguém se apaixona desconfiando.
Porque no fundo, o que é preciso é libertar o coração das mães.
Só assim, sem medos nem reservas, o coração das mães poderá ser tão inocente como o coração dos seus bebés.
Então depois, depois de libertarmos o coração das mães, é preciso libertar-lhes os braços. Libertá-los das tarefas domésticas que possam ser feitas por outros. Libertá-los da pilha de roupa para engomar. Libertá-los das visitas que esperam lanche.
Libertar os braços das mães é urgente.
Porque se os braços das mães estiverem libertos, elas terão muito mais vontade de os colocar em volta dos seus bebés.
E o olhar das mães. Também é preciso libertá-lo porque, para que tudo melhore, as mães precisam de um olhar disponível para os seus bebés. Nenhum livro, nenhum manual de instruções, poderá alguma vez falar do nosso bebé, como nos falam os seus pezinhos, as mãos, as bolhinhas no canto da boca, as caretas quando está zangado, a testa franzida quando está a ficar com sono, os estalinhos da língua quando quer mamar ou os barulhinhos que faz enquanto dorme.
As respostas estão todas ali. É ali que devemos procurá-las.
É preciso libertar as mães.
Porque quando uma mãe é finalmente libertada de tudo o que não a ajuda a ligar-se ao seu bebé, acontece a magia.
Acontece a confiança para fazer o que se acha melhor.
Acontecem as respostas às perguntas que nos atormentam: Será que tem fome? Será que tem sono? … Será que eu vou ser capaz?
Sim as respostas chegam.
Mas só, quando, finalmente em liberdade, as mães conseguem escutar e entender a linguagem secreta entre si e os seus bebés.
E saberão que ser mãe não é uma lista de tarefas.
Não é um método.
Não são certos nem errados.
Somos nós.
Diferentes, é certo.
Com medo, por vezes.
Mas ainda assim.
Nós.
Inteiras. Confiantes.
Nós com o nosso bebé nos braços.”



Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Nãoooooo, please!

Fui fazer um exame aos bebés.
Para o Maisquetudo ir comigo a M ia ficar na minha mãe.

Ao sair de casa ela vê estar a pegar na pasta do hospital, o Maisquetudo a perguntar se tinha as ecos antigas...

- Tu vais a uma consulta?
(Já lhe tinha dito há uns dias)
- Sim vou, já te tinha dito.
- E o pai?
- O pai vai comigo, vamos ver os bebés.
- OS BEBÉS VÃO SAIR HOJE?

Nãoooooo, please!

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Ajuda?

Enquanto eu estava de volta de uns papeis na mesa da cozinha, perguntei à M se não queria ir lavar as Crocs dela no lava-loiça com uma escova de dentes, o que poderia acontecer? Uns salpicos?

Conclusão:
• M encharcada - check
• Crocs encharcadas - check
• 2 metros quadrados à volta do lava-loiças cheios de salpicos - check
• Crocs lavadas - not realy

Agora estou eu a esfregar as malditas e ela a jogar solitário na mesa da cozinha ( ensinei-lhe ontem num jogo impossível e ela já conseguiu resolver 2 sozinha - isso aprendeu ela rápido).

Ass.:
Eu mãe

Sobre aquela história do sujar-se é bom!

Sim sim, eu também acredito nesta frase da Skip.
Sei que ela vir imunda da escola é sinal que esteve a brincar e a divertir-se.
Acho pavoroso que as crianças tenham de estar atentas se sujam a roupa ou não.
São crianças e não devem estar a preocupar-se com isso.
Devem sim, brincar.

Agora que cansa cansa.
Todos os dias ela vem imunda, mas imunda, a cheirar mal, joelhos negros, dizer que a roupa vem suja é pouco, crocs pretas, pés pretos, muitas vezes cheios de terra.
Todos os dias enquanto ela fica de molho a brincar na banheira, eu estou feita gata borralheira a lavar a lancheira e a esfregar as crocs do chinês, sim porque já desisti de mandar as sandálias da chico sob risco de se estragarem ao 3.º dia, porque o limpar era a mesma história.

Eu lembro-me do mais velho vir assim da escola com 8 ou 9 anos e pensar "é mesmo rapaz, a jogar à bola o dia todo, atirar-se para o chão..."

Ela é menina e vem 50 vezes pior que ele.
Eu gostava muito que os irmãos que aí vêm, saíssem a ela.
Foi uma bebé que apenas chorava para comer, não deu trabalho nenhum. Comia bem, dormia bem, aos 2 meses começou a dormir 5 horas seguidas, teve algumas cólicas, mas nada que nos levasse à exaustão, foi uma maravilha.

Agora se eu pensar na sujidade e me lembrar que são 2!!!
MEDO!

Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Por estes dias #2

À pouco esqueci-me...

Dias em que parto o estore do quarto;
Dias em que o senhor que nos arranja as coisas está de férias no norte;
Dias em que passamos com o quarto totalmente às escuras;


Ass.:
Eu mulher

Querias? Eu até queria...


Tentei, a sério, envergonho-me mas tentei.

Nesta história das arrumações vim descobrir um par de calças minhas que deixei de vestir há uns 12 anos.
Tinham uma faixa de tecido de algodão na cintura e tentei sim vesti-las.
12 anos, grávida de 6 meses de gémeos e fui tentar.
Não me passaram das ancas.
Óbvio!

Ass.:
Eu mulher

Por estes dias...


Por estes dias temos tido de tudo um pouco:

Dias de inundação na cozinha às 23 horas (canos entupidos e a maquina da roupa a trabalhar), além de limpar a inundação termos de vazar para um balde as águas que saem da máquina;
Dias de comprar produtos de desentupir canos e ficar a olhar 2 horas para a máquina da roupa para ver se o problema estava resolvido, não estava e as aguas tiveram de se vazar novamente para um balde;
Dias de repetir o serão do dia anterior;
Dias de repetir o serão do dia anterior;
Dias de repetir o serão do dia anterior (não só o serão, uma vez que todos os dias tivemos de comprar novo produto);
Dias de não conseguir dormir por não ter posição para a barriga;
Dias de não dormir por a M ter um pesadelo sobre o Natal;
Dias de não conseguir dormir por estar muito calor;
Dias de não dormir por a M estar a tossir a noite toda;
Dias tão apetitosos para dormir a sesta e as coisas ficarem todas por fazer;
Dias de passar a tarde no hospital (por causa da tosse) e dizerem que não é nada;
Dias de pessoas cobrarem quando não podem cobrar;
Dias de ter contracções tão fortes e pensar que os bebes querem vir mais cedo;
Dias de o mais que tudo se assustar com as contracções que deixam a barriga mais dura que uma bola de basket;
Dias de fazer bolo de banana com a filha, unicamente para as bananas não irem para o lixo e ficar tão delicioso que desaparece em 24 horas;
Dias de ter de fazer um bolo para a M levar para a escola e 1/4 do bolo ter saído da forma para o meio do forno, deixando a cozinha a cheirar a queimado;
Dias de o bolo que era preciso levar para a escola, ficar tão fofo, mas tão fofo que nem uma fatia se consegue cortar sem ele se desfazer e por isso pai e mãe comem o bolo às colheres;
Dias de remorsos por a filha estar meia doentinha mas por ser dia de festa na escola vai na mesma e quando a vou buscar mais cedo receber um "Oh mamã estava no meio da festa!!!";
Dias de tensão baixa que me deixam mal disposta, mas de coração cheio, por a filha ir dar-me beijinhos e dizer: "Se precisares de alguma coisa estou no meu quarto, está bem?";
Dias de conviver com os amigos;
Dias de gelados todos os dias, às vezes mais do que um;
Dias de felicidade;
Dias de fazer listas, listas de afazeres, listas de compras mercearia, lista de compras mobiliário, lista de maternidade, lista de compras de roupa para os bebes, lista de obras;
Dias de passar a manhã no hospital para fazer a análise da glicose, beber aquele concentrado de açúcar e aprender que antigamente era feita com bolos, tão melhor que seria;
Dias de ver que as semanas passam muito rápido e as lista ainda são apenas listas e não papéis para deitar fora;
Dias de ficar sem fôlego unicamente por ler uma história à filha, mas querer leva-la até ao fim e sair de lá completamente de rastos;

Dias de ser mãe, mulher menina.


Ass:
Eu mãe mulher menina