quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2015!!!

Não estou habituada a fazer grandes balanços do ano e desejos para o ano seguinte.
Sou um pouco como o Velho do Restelo, admito.
Muito céptica em relação a um novo ano. Acho que vai ser mais um. Mais um dia seguido do outro e pronto.
O que é que muda? Nada.
Fazemos uma festa e tal (estarei sempre pronta para a festa), mas na realidade, nada muda senão o numerozinho que escrevemos no fim da data.
Nada muda se nós não fizermos por isso.
E podemos fazer por isso todos os dias, e não apenas no dia 31 de Dezembro.
Tal como quando fazemos anos, nada muda porque deixamos de ter 33 e passamos a ter 34. Se é um pretexto para fazermos uma festa e estarmos com os amigos, podemos fazer isso noutros dias e não é tão bom?

Tive alguma dificuldade em responder a perguntas da M sobre o que é isto do ano novo.
- Tu não vais ver mais a Sofia? (tinha-lhe dado um beijinho de feliz ano porque só nos iriamos ver para o ano)
- Segunda-feira posso ter um pirilampo novo? A D. Raquel disse que todos os anos há pirilampos novos...
- Mas vamos a alguma festa de aniversário?
- Eu não gosto de passas!!!
Não é por comer as passas que os meus desejos se vão realizar.
Não é por fazer uma festa.
Eu recordo momentos, não anos.
Recordo o nascimento da minha filha, o momento em que soube que estava grávida, o ter conhecido o mais que tudo, entre muitas outras coisas...mas esses anos que tiveram coisas boas também tiveram más com toda a certeza (agora não me estou a lembrar de nenhuma por acaso).
E todos os anos tenho coisas más e boas para recordar, cabe-me a mim escolher as que quero valorizar e guardar no coração.

Mas se quiser fazer um balanço, este ano, vou guardar a primeira festa de anos da minha filha com os amiguinhos da escola, vou guardar o ter começado a escrever neste cantinho, vou guardar o ter tocado no fundo da piscina para dar o impulso de vir à tona de água, vou guardar o calor das pessoas que amo, vou guardar a força que esse calor me deu...vou guardar tanta coisa boa que este ano me trouxe, mas...lá estou eu... não tive eu calor das pessoas que amo todos os anos? Tive sim. E é isso que guardo no coração, seja 2014, 2013, 2012 o que for.

O início de um ano novo apela a um recomeço e nós estamos ansiosos de recomeços, de esperança de que as coisas melhorem, ... a eterna insatisfação humana que nos leva a esforçarmo-nos para seremos melhores, que nos leva a fazer listas de resoluções de ano novo. Se depois as cumprimos? Algumas sim, outras não, mas isso pouco importa, o que importa é a Esperança que o ano novo trás.
E eu tenho esperança que o ano 2015 me traga coisas boas, claro que tenho. Trabalhei em 2014 para que essas coisas boas me aconteçam (sei à partida que não é por mudar o numerozinho na data que elas vão acontecer), e se não acontecerem nos primeiros meses, trabalharei ainda mais em 2015, em Janeiro, em Fevereiro, Março todos os meses porque não é por ser Dezembro que eu vou baixar os braços e dar o ano como perdido, vou trabalhar todos os meses de 2015 para ser uma pessoa melhor.
Para mim as mudanças ocorrem em qualquer altura do ano, desde que trabalhemos para elas.

Mas sim, hoje vamos ter um ano novo, vamos ter uma festa não de aniversário, vamos estar com os nossos amigos e vamos renovar os votos de felicidade.
Não peço os 12 desejos, peço felicidade.
Engolo as 12 passas a desejar felicidade 12 vezes.
Felicidade para mim e para os meus (este ano também para vocês que poderão estar desse lado).
Porque é a felicidade que nos permite ver o copo meio cheio independentemente da situação em que nos encontremos. Tenhamos saúde ou não, dinheiro ou não, se tivermos felizes temos o coração cheio e é isso que enche o ano, os vários momentos de felicidade.

Eu estou feliz, tive um ano feliz e desejo que 2015 seja tão feliz ou mais que este, para mim e para vocês.


Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Ao serão...

Ao serão, em vez de adormecer no sofá faço tricot.
Sabe-me muito bem, e ainda não tinha bem percebido porquê.
Pois então ao pesquisar encontrei que:

  1. Os movimentos repetitivos que efectuamos provocam uma sensação de relaxamento no corpo que ajuda a aliviar o stress, a ansiedade, a depressão, baixam a pressão sanguínea e ajudam inclusive a gerir a dor crónica;
  2. Os médicos explicam que tricotar altera a química do cérebro, no sentido que diminui a libertação das hormonas do stress e aumenta os níveis de serotonina e dopamina (as hormonas da felicidade);
  3. Há quem diga mesmo que esses movimentos repetitivos activam as mesmas partes do cérebro que a meditação e o yoga. A primeira fase de concentração para memorizar o ponto e os gestos a realizar; depois uma segunda fase onde os movimentos são automáticos e o cérebro pode vaguear ao ritmo constante da actividade manual;
  4. Tricotar ajuda-nos a ser pacientes, leva tempo, temos de aguentar e trabalhar;
  5. Tricotar é um acto criativo e aumenta a interacção entre o lado direito e esquerdo do cérebro;
  6. É uma pratica que devia ser desenvolvida na escola, pois dizem que equivale ao 1.º ano do ensino básico: tricotar faz-nos seguir esquemas, desenvolve a motricidade fina que mais tarde vai ser tão solicitada. O tricot também é óptimo para a matemática, pois dá-nos uma concretização prática da adição e da multiplicação. Além disso ajuda a resolução de problemas e de lógica.

Pessoalmente, é verdade que me sinto bem, quando faço tricot.
Posso fazer a ver televisão ao mesmo tempo. A verdade é que quando estou ao serão unicamente a ver tv acabo por adormecer, não há estimulo suficiente que me faça estar acordada. com o tricot, consigo dar atenção às 2 coisas.
E dá-me tanta satisfação que estou a trabalhar numa peça e já estou a imaginar a próxima.
Sinto uma realização imensa quando acabo um trabalho.
Estão aqui alguns que já fiz.

  • Golas
  • Poncho
  • Camisola


Agora ando a aventurar-me nos gorros.

Ass.:
Eu mulher

Nota: no fim peço ajuda à minha mãe para coser os trabalhos 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tenho a honra de apresentar...

Ela escreve muito bem e tinha de "A" ter aqui.
Ela é da minha família e já "A" tenho no coração.
Ela faz-me ser melhor pessoa e tenho provas disso aqui e em outras situações também.
Assim, nesta época de Natal, pedi-lhe para falar de família.
Porque nesta época há sentimentos que nem todos damos conta, nem todos compreendem.
Mas Ela sente, como muitas outras mães poderão sentir.
Não falo de sentimentos de pessoas que nos possam ser distantes, classes sociais diferentes ou outras culturas tão distintas das nossas.
Falo das famílias modernas, famílias onde há os filhos dele, os filhos dela, e muitas vezes os comuns.
Muito se fala dos sentimento das crianças de pais separados, mas pouco se fala dos sentimentos das Mães que têm filhos e reconstruíram as suas vidas separadas dos pais dessas crianças.
E Ela além de escrever maravilhosamente, sabe o que é sentir na pele essa miscelânea de sentimentos.
Ela é a Sandra Leal e escreveu para este blog assim:
As nossas festas felizes, 
Talvez por ser de uma família tradicional,  sinto-me «moderninha» mas moderninha sem ser no bom ou no mau sentido é apenas sentido. 
Casada com o pai de uma menina de 11 anos e eu mesma , mãe de uma menina de 12. Portanto cá em casa há um pai/padrasto, uma mãe/madrasta e filhas/enteadas. É muita figura para um presépio só? Não sei, sei que corre bem. Há mistura de um enorme bom senso e muito amor.
Sabemos todos que escolhas implicam perdas, vais para a direita deixas de saber o que tens à esquerda, fácil. O que não é tão fácil é gerir essas perdas ou projetares o que poderia ter sido se não fosse assim.
Sabemos também todos que os filhos valem tudo ou quase tudo, porque não vale hipotecar a felicidade dos pais pela permanência com o pai dos filhos, porque os filhos não querem pais infelizes. Os filhos querem pais felizes mesmo que para isso os repartam. Sei porque já perguntei e é assim, eu sei que é assim. Vai por mim. O melhor é sem duvida uma família feliz, se der para ser tradicionalmente feliz, melhora claro.As nossas festas são felizes, não faltam pais porque somos uma família completa, não nos falta nada.
O meu natal é ano sim, ano não, mas acreditem que no ano sim me desforro, faço o pino, jogo à macaca, faço desenhos, bolos, penteados, jogos as cartas todas, sem nada na manga. Digo que amo, escrevo e sabe o quão importante é para mim, não escondo nada. O ter anos não, permite ter gigantes anos SIM.
A nossa vida é uma festa, porque a regra é sem saudades, arrependimentos ou apegos, estamos apenas comprometidos em ser e saber quem somos, e mesmo quando descobrimos que nem tudo o que somos é bom, aceitamos porque aceitar que não somos perfeitos é um dos exemplos que deixamos, choramos, enxugamos as lagrimas uns aos outros e seguimos em frente porque amanhã seremos melhores, faremos melhor, saberemos melhor, mas agora é assim e é um enorme presente, estar presente.

Obrigada Sandra Leal, obrigada por estares presente.

Ass.:
Eu mãe

sábado, 27 de dezembro de 2014

Os ajudantes do Pai Natal

Cá em casa também se ajuda o Senhor das barbas brancas.
Fazemos presentes para distribuir pelos nossos amigos e família.

Este ano aproveitámos os fraquinhos dos sumos, fizemos uns bombons de chocolate com gomas e pepitas coloridas, fizemos envelopes, e voila uma prenda feita de coração.


Noutros anos, já aproveitamos as latas do leite de transição e fizemos bolachinhas para colocar lá dentro, já utilizamos os fraquinhos de vidro da fruta para colocar doce de abóbora, latas de leite condensado para porta canetas...

E com isto tudo aprendemos que não é só o Pai Natal que dá presentes, nós também podemos dar.

Ass.:
Eu mãe


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O Pai Natal...

O Pai Natal cá de casa, andou nas compras até às 17:30 do dia 24.
Pois é, nas 5 lojas que percorremos, não havia em lado nenhum o carro telecomandado da Minnie.
Mas é que nem da Minnie, nem do Panda, nem da Porquinha Peppa, nada de nada.
É o que faz deixar tudo para a última, dirão vocês.
Sim é verdade, admito, já o tinha dito aqui, o espírito natalício não caiu muito cedo sobre mim este ano.
Então, à última da hora lá se arranjou uma trotinete, último item da lista que foi feita ao Pai Natal e que nem sequer tinha sido tomado em consideração uns dias antes.

Tudo a postos portanto.

Ao serão, ninguém quer vestir o fato de Pai Natal, é então que esta mãe decide que está na altura de meter as mãos na massa.
Veste-se de Pai Natal, entra em casa, diz apenas :

   - Oh oh oh, Feliz Natal!!!

E pira-se de forma que a mais nova não se aperceba quem é.
Quando o Pai Natal vai embora a miúda diz:

   - Cheira-me que é a mãe!!!

Teatro estragado dirão.
Pois não, no meio de muitos risos, muita magia e muitas vezes que a mãe vai à casa de banho, a miúda acreditou e só teve pena, de não ter visto as renas...


E para o ano, valerá o esforço de tentar novamente que esta magia funcione.
Não é tão bom?

Ass.:
Eu mãe

Nota: em conversas posteriores ela lá comentou que o Pai Natal tinha sido um pouco malcriado, nem falou com ela nem nada... 

O meu presente ao mundo



Acabei de dar o meu presente ao mundo e sinto um dever cumprido.
Esta foi a primeira vez de muitas (espero).

Ass.:
Eu mulher

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal!!!

Se calhar é melhor começar a desejar Feliz Natal...
Dizem que está quase.
Não dei por nada, mas...


Ass.:
Eu mulher

O Natal é para eles

Admito que o espírito natalício ainda não caiu sobre mim este ano.
É um bocado grave, uma vez que estamos a 2 dias do Natal, se calhar 1 dia, mas este ano tem sido um ano um bocado atípico. Não sei que pelas mudanças que anseio na minha vida, se pelas andanças do dia a dia mais agitadas, o que é certo é que não estou virada para o Natal.

Já tive anos em que a árvore lá de casa era decorada impecavelmente, digna de uma exposição na melhor montra de loja, era um prazer ter a árvore na sala o máximo tempo possível.

Este ano, fiz a árvore tarde, fiz a árvore com a M e sou sincera, o Natal é para eles, já não é para mim, pelo menos este ano que estou sem paciência.

Assim, as decorações de Natal estão como a M as quis e não me preocupei em ir emendar por trás.
Então temos
 - Os enfeites da árvore todos em baixo;
 - Bolas da árvore coladas umas às outras;
 - A Nossa Senhora do Presépio a levar com o bafo da ovelha;
 - Ovelhas tapadas com árvores;
 - Enfeites dos espelhos de lado
 - ...

Mas ao fim ao cabo, o Natal é para eles e deixei-a fazer o que ela quis e deixei-me levar na diversão dela, pois teve direito a ir às cavalitas para colocar ela a estrela no topo da árvore e tudo.

Também sou menina, mas neste Natal deixei-me estar a ser apenas Mãe

Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A vaidosisse chegou!

Definitivamente a vaidosisse chegou cá a casa.

Muito silêncio e dou com este aparato!

Ass.:
Eu mãe

As renas...

Ela: Sabes mãe, as renas não voam de verdade, é tudo uma inventação!
Eu: Mas o Pai Natal é mágico filha!
Ela: Sim mãe, mas as renas não voam, é inventação!


Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Medo...

Estivemos a brincar às manicures, maquiagens, ...

Ela: Agora tenho unhas de mães!!!

Passado 2 minutos

Ela: Agora sou uma gata, vou-te arranhar!!!

Que medo...é esta a imagem que ela tem de mim?

Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O céu...

A Maria tem uma facilidade em falar do céu que faz o meu estômago dar voltas e voltas.

Quando ela tinha 2 anos, a educadora que tinha sido dela no berçário morreu.
Contamos-lhe que tinha ido para o céu e era uma estrelinha que brilhava e olhava por ela.
Muitas perguntas surgiram, claro, e sempre fui tentado explicar na medida do possível.
Disse-lhe que o Jesus achava que ela estava com muitos dói-dóis e que ficaria melhor ao pé dele no céu, já sem dói-dóis nenhuns e a tomar conta dela, sempre sempre.

Depois a minha avó morreu.

Mais perguntas, como é que o Jesus as chama lá para cima? Como é que elas vão?
De vez em quando ela volta a falar nisso, e delicio-me com o grande carinho com que ela fala dessas avós e a segurança que lhe transmitem.

Mas quando ela diz:
 - Se o Jesus me chamar para o céu, tu não conseguias viver sem mim e ias ter comigo?

Cai-me tudo, fico sem palavras, um nó na garganta que me dá vontade de vomitar.

 - Pois não filha, não conseguia viver sem ti e sim ia ter contigo.


Ass.:
Eu menina

E hoje estou assim...

Há situações em que temos de nos mostrar mais fortes do que às vezes somos.

E para todos aqueles que nos
 - querem menos bem;
 - criticam por termos a coragem que gostariam ter mas não têm;
 - olham de lado por não terem a frontalidade de dizerem o que pensam de nós na cara;
 - ...

Eu sorrio!



Ass.:
Eu mulher

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O mano...

Hoje de manhã enquanto nos arranjamos para sair de casa, olho para a janela e digo:

 - Olha, já está a chover!

Resposta da M:

 - Espero que o mano esteja bem na sua escola.



É mais nova, mas preocupada com o outro que tem mais 10 anos.

Ass.:
Eu mãe

Visitas ao jantar

Há muitos dias na semana em que tenho umas visitas que abancam na mesa para jantar antes de nós.


Ass.:
Eu mãe

domingo, 14 de dezembro de 2014

O Boneco de Neve Mágico

Já tinha falado nele aqui, mas o que raio é o Boneco de Neve Mágico?
O Boneco de Neve Mágico é este:


Basicamente é um Calendário do Advento.
Mas lá em casa é mágico.
Mágico porque trás prendinhas todos os dias de Dezembro até ao Natal.
Prendinhas pequeninas, compradas em qualquer chinês da zona, umas canetas para ela, um gorro para ele, um bloco de folhas coloridas, um lápis diferente... whatever, às vezes é mesmo só um chocolate para cada um.

O mais mágico de tudo, é que o Boneco de Neve esconde os presentes algures pela casa e só dá umas dicas naqueles bolsos.
As dicas são desafios que apenas juntos conseguem decifrar.
Sempre que estão os 2 dois há 2 papeis. Se um tem o desenho das palavras cruzadas, o outro tem as perguntas, e as perguntas ele (mais velho) tem de lhe perguntar a ela, caso contrário sozinho não chega lá.
Se um tem uma mensagem toda codificada, o outro tem a cifra para a conseguir descodificar.


Quando ela está sozinha, as mensagens são mais faceis, mas ainda assim tem de puxar pela cabeça para descobrir onde estará o presentinho.

Dá trabalho, se dá, a todos, a eles e a nós, mas são momentos únicos que unem os irmãos que tanta diferença de idade têm e que nos unem a todos como família que somos.


Ass.:
Eu mãe

Nota: utilizei algumas fotos do ano passado que estavam mais perceptíveis

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O centro do Universo

Hoje de manhã ao acorda-la, estava a dizer aquelas coisas que as mães dizem:

 - Coisa mais boa da minha vida!
 - Não tenho outra coisa tão boa na vida como tu!

Ao que ela me responde:

 - E da avó também, ela adora-me!

Já no início da escola ouvi um

 - A Txxx (educadora) vai gostar de me ter na sala dela, ela adora-me!

Estarei a abusar no mimo? Só eu ou a avó e a educadora estão incluídas?


Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Pergunta para queijo

Situação:

Eu, depois de jantar, dentro da despensa com um saco gigante de marshmallows na mão e tinha acabado de colocar um na boca, quando a M vem de repente dizer-me qualquer coisa.
 
O que aconteceu a seguir?
 
a) Deixei-me ficar igual, ela viu e não ligou nenhuma;
b) Deixei-me ficar igual, ela viu e fez uma birra descomunal pois também quis um e eu não deixei porque já tinha comido um chocolate;
c) Pus o saco atrás das costas, engoli de repente o marshmallow que tinha na boca e rezei que ela não tivesse visto nada.

 
 
 
Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Síndrome de fim-de-semana alargado

Ela estava a pedir-me para a ir buscar cedo à escola e eu estava explicar-lhe que às 17h já deveria de estar à porta da escola.
Eu: Olha, se calhar chego e ainda estás a fazer ginástica.
Ela: Então? Hoje é segunda-feira?
Eu: Não querida, hoje é terça.
Ela: Então mãe, eu só tenho ginástica às segundas-feiras!



Ass.:
Eu mãe

PS - quando a miúda de 4 anos me relembra o horário dela, acho que ela está no bom caminho, já eu...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fada dos dentes round 2

E quando o dente vai pela guela abaixo???

Big problem!!!

Está a lanchar, não está na boca, não está no colo, não está no chão, não está no leite.
Só pode ter ido ao mesmo tempo que o pão.

Resultado: uma miúda com uns olhinhos de pânico, com as lágrimas a quererem saltar dos olhos, é o que dá ter corpo de 6 anos e emoções de 4...quando...

Eu: Òh filha, não te preocupes, a fadinha é mágica ela sabe que te caiu o dente, ela não deve precisar assim tanto do teu dente excesso de matéria prima, mas tenho a certeza que ela vem cá deixar-te qualquer coisa.

As lágrimas deixam de querer brotar...

Fadinha 2-0 desmoronar do mistério

Isto vai é arrasar é com o orçamento familiar, fada dos dentes, boneco de neve do calendário (falarei noutro post) e pai natal, acho que é magia a mais para um mês só.




Ass.:
Eu mãe

PS - Já está a falar axim, e o que eu me divirto a ouvi-la

sábado, 6 de dezembro de 2014

É triste...

Fomos ao "nosso" parque.
Aquele que eu vi nascer
Aquele que viu a M nascer.
Já lá não íamos à uns meses, tem estado a chover, quando não está, há outro parque mesmo ao lado da escola e é bem mais prático ir a esse.
Daí que foi um choque.
Foi um choque ver o estado de degradação...não era assim.
O "mais que tudo" já tinha comentado que parecia que andavam a desleixar-se com o cortar a relva à frente de nossa casa, mas não queria acreditar no que vi ali.
  • Relva por cortar
  • Grafitis nos equipamentos
  • Baloiços com "dentadas"
  • Buracos no chão dos equipamentos
  • Escadas sem estarem presas.
  • Cavalinhos a faltar uma cabeça
  • Assentos partidos
  • Lama em vez de relva
  • Musgo no chão
  • ...






Fiquei triste, muito triste
Era para lá que ia na licença de maternidade, apanhava o sol quentinho do inverno e pensava quando me iria calhar a vez de ficar sentada no banquinho e ver a M brincar sozinha.
E assim foi, ela cresceu e passou a percorrer o parque sozinha e eu aconchegada no banco ao sol.
Era o nosso poiso por uns minutinhos depois da escola e por uns mais longos ao fim de semana.

Agora...agora não me apetece voltar lá...

Ass.:
Eu mulher

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Nem sempre a ajuda é bem vinda...

Ontem tive ajuda a fazer o jantar, mas quando olhei para isto ia-me dando uma coisinha...
Desde não saber o que fazer com esta obra de arte, chão para varrer por estar cheio de bocados minúsculos de esparguete, o resto do jantar para fazer...
Mas como recusar a ajuda preciosa da nossa filha...não se recusa, temos trabalhos a dobrar mas fazemos uma miúda feliz.

Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Chegou!!!

Aos 4 anos, o 9 meses e 6 dias a fadinha dos dentes chegou*.

Pois é ontem quando a fui buscar à escola tinha este radioso sorriso à minha espera.
E eu...fiquei de nó na garganta, com a lágrima a querer soltar-se de tão feliz que estava de a ver feliz.
A educadora foi uma querida e fez este envelope:
Está claro que ela quis trocar para o que está em baixo, afinal, esteve meses cá em casa à espera deste momento. 
Veio com este livro lindíssimo que esta amiga tinha oferecido. Tem um livro, uma casa e bonecos em 3D para eles próprios criarem as suas histórias e ainda um aviso de porta como tinha mostrado aqui.

Valeu a intuição de mãe que tinha ido na hora de almoço comprar este livrinho, só para o caso...e assim a fadinha fez boa figura e "acertou mesmo no que eu tinha pedido!"


Ass.:
Eu mãe
*Nota para os mais cépticos: sim os dentes só costumam cair lá para os 6 anos, mas ela tem tamanho de 6, os dentes quiseram fazer-lhe companhia.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Os médicos das motas

O "mais que tudo" anda diariamente de mota.
E claro está que de vez em quando a mota tem de ir à revisão.
Sendo uma mota, temos cuidados redobrados, vai a uma oficina da marca.

Pois bem, primeiro não sabem quando entregam a mota (ficando o homem descalço)
Depois no dia da entrega, paga uma elevada quantia para levar a mota para casa.
Chega a casa:

  1. Tampa do depósito da bateria fora.
  2. Carenagem com alguns parafusos a menos

Vai lá no dia seguinte novamente. Queixa-se e tal e vai de volta a pé novamente para o trabalho, com casaco de mota, capacete na mão e lá percorre ele 1,5Km a pé.
Ao fim do dia, vai buscar a mota, novamente carregado.

Chega à oficina, pediram desculpa e entregam-lhe a mota.
Chega ao pé da mota:

  1. Parafusos da carenagem não foram colocados,
  2. Luz no painel de instrumentos deixou de acender

Imaginam o humor do meu homem quando chegou a casa, não imaginam?
Depois disto tudo passou a ser tratado como um REI na oficina, mas não lhe gabo a sorte.

Vai uma pessoa pensar que as oficinas da marca são melhores que as outras. É um pouco como os médicos, temos boas referências, hospitais particulares, mas cada um de nós tem a sua experiência, umas vezes boa, outras vezes nem tanto.



Ass.:
Eu mulher

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

M a solidária!

Estava eu a dizer à educadora o quanto eu achava que a M é competitiva e ela contrapôs-me dizendo que a achava solidária.

Sempre a incentivámos a ajudar o outro, mas não fiquei muito convencida, até porque em casa só oiço:

- Mãe, ajuda-me a comer
- Mãe, ajuda-me a arrumar o quarto
- Mãe, ajuda-me a calçar os sapatos
- Mãe...

Se é por não haver mais crianças, é possível, o que é certo é que eu nunca tinha presenciado assim uma grande solidariedade, apenas a necessária quando nós insistimos.

Fomos à natação e eles estavam a fazer um exercício de ir buscar letras à outra ponta da piscina.

Vejo a M muito decidida, cheia de garra apanhou uma letra e foi coloca-la no lugar. Voltou a ir à outra ponta da piscina, mas desta vez apanhou duas letras.

Eu comecei a ficar cheia de vergonha, a sacanita estava a fazer batota, tenho de lhe tirar esta mania de querer ser a primeira, pensei com os meus botões.

Quando vejo que a meio do percurso encontra uma das coleguinhas que ainda estava em sentido contrário e dá-lhe uma das letras. 
Afinal ela não estava a fazer batota para ganhar, mas sim para ajudar a amiga.

Acho que não preciso de mais provas...


Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Diálogos de família (3)

Ela: Mãe, quando for crescida quero namorar com o João Ribeiro*.
Eu: Ai sim (a esconder o meu ar de medo)
Ela: Sim, eu estou apaixonada por ele.
Eu: Ahhh, estás? (a esconder o meu ar de pânico)
Eu: Mas porque é que dizes que estás apaixonada, o que é que ele te faz?
Ela: Ele é giiiiiro (sim, isto dito com muito ênfase no giiiiiiro)
Eu: Mas ele não era teu irmão? (há mais de um ano que ela "arranjou" este "irmão" na escola, não sei muito bem como), não podes namorar com um irmão.
Ela: Era, agora somos namorados.
Eu: Ai são? Mas ele sabe? (a minha esperança ...)
Ela: Sabe, mas ele anda a enganar a Vera, porque ele anda a dizer-lhe que é namorado dela, mas não é, nós é que somos.
Eu: Oh filha, mas não é bonito enganar ninguém, é melhor teres cuidado com isso, além do mais a Vera* pode não gostar muito disso.
Ela: A Vera empurrou-me hoje porque eu estava a dizer que o João era meu namorado.
Eu: Vês... É melhor esclarecerem isso com o João.
Ela: Ele é o Ribeirinho... Sabes que lima rima com limão?
Eu: Hum? Não filha não rima.
...
Ufa, que alívio, é bem mais fácil explicar rimas que relações...




Ass.:
Eu mãe

* nomes fictícios

O saldo...

Estou com 1mês de blog e sinto que devia escrever algo sobre o assunto.

Comecei por escrever este blog para mim, primeiro num ficheiro word, mas não chegava, queria mais, queria um cantinho acolhedor, bonitinho, que fosse a minha cara e pudesse receber visitas.

Comecei por escrever este blog para mim, o meu desabafo quando estou mais em baixo, como uma espécie de catarse que me fizesse bem a mim, mas se outras mães, mulheres, meninas se identificassem, tanto melhor, assim não estamos sozinhas.

Comecei este blog para mim, para não me esquecer das pequenas coisas do dia-a-dia que me fazem rir, para sempre que me sentir mais cinzenta puder ler algumas alegrias que já conquistei e porque não alegrar outros também?

Comecei este blog para mim, não acho que tenha particular jeito para a escrita, nem tampouco grandes feitos interessantes para escrever, não sou escritora, jornalista ou mesmo blogger. Sou uma mãe, mulher, menina igual a tantas outras que decidiu partilhar com o mundo um pouco do seu mundo.

Hoje, com um mês de blogue, sinto-me feliz. 
Sinto-me feliz com o que escrevo, com o que leio e com todas as visitas que tenho. 
Tenho visitas muito próximas, algumas apenas conhecidas e algumas desconhecidas, mas sinto todas muito, mas muito queridas.

Obrigada por me lerem.


Ass.:
Eu mãe mulher menina

domingo, 30 de novembro de 2014

A Rainha!

Ela: Hoje está um dia de tanto calor (14 graus) que podia comer um geladinho.
Eu: Não filha, não está assim tanto calor.
Ela: Ai está sim!
Eu: Não, não está.
Ela: Está sim.
Eu: Está bem, como queiras, mas sou eu que mando e não podes comer um gelado hoje!
Ela: Quem manda é a Rainha...e tu és a Rainha.
Eu: Sim, sou.


Ass.:
Eu mãe

PS - Gosto disto, papéis bem definidos.

sábado, 29 de novembro de 2014

Porque todos podem dar...

Porque mesmo os pequeninos podem dar.
Mesmo que não haja dinheiro pode-se dar.
Podemos dar amor, carinho, tempo, dedicação, ombro, colo, ouvidos, incentivo...
Sempre tentei incentivar a M a fazer os seus próprios presentes, no Natal, no anos, Páscoa entre outras festividades e agrada-me que agora com 4 anos seja ela que toma a iniciativa de os fazer.

Hoje fomos a uma festa de anos da filha de uns amigos, muito amigos, nossos. 
A M conhece-a desde bebé e esteve deliciada a fazer estes presentes para juntar à prenda que os nós comprámos.

São 2 pulseiras, 1 postal e 1 desenho num papel especial (rolo de cozinha).

Ass.:
Eu mãe mulher

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Diálogos em família (2)

Eu: O que almoçaste hoje M?
   Ela: Franguinho com rabanadas e arroz.
Eu: Rabanadas?
    Ela: Sim, aquilo roxo
Eu:Roxo? Beterraba?
    Ela: Sim, isso.
Não que umas rabanadas já não marchassem, mas a acompanhar o franguinho...


Ass.:
Eu mãe

Gulosa

Sou muito gulosa, sim sou.
Mas não sou sozinha, o "meu mais que tudo" acompanha-me e bem.

Às vezes ao fim de semana, almoçamos em casa e depois vamos tomar café a 15 km de distância só para comer 3 destes cada um*.

Também adoro estes:



Podem encontrar estes e muitos mais deste género aqui (devia ter comissão por esta publicidade, assim vá, um mês de ovos moles à borla).

Já estou a salivar por sábado...

Ass.:
Eu mulher

*Compramos uma caixa de 6 sai muito mais barato que individualmente

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Noites...

Para não variar acho que ontem às 21:45 aqui esta mãe estava a dormir no sofá.
E assim continuou.

Às 23.30 o "mais que tudo" decidiu ir para cama e eu muito a custo lá me levantei do sofá e fui em piloto automático para a cama (não sem antes ir dar a vistoria ao quarto da M).


Deitada na cama já no 3.º sono, começo a ouvir tossir.

Olho para o relógio 23.33.
A M tosse, e mais tosse, e mais tosse.
Levanto-me, acho que com os olhos fechados lá caminho para o quarto dela.
Ela tosse, e chora porque tosse.
E eu a dormir em pé.
E cheia de frio.
Faço umas festinhas, acalmo-a e volto para a cama.




Recomeça a tossir e a chorar.
Visto um polar e vou de armas e bagagens para o quarto dela.

Quando me lembro de ter lido algures dos milagres do Vicks. Aquele que é pastoso e se põe no peito das crianças. Dizem que faz milagres quando colocados nas solas dos pés.
Pois experimentei, nunca comprei Vicks, para tenho um creme da Mustela com aroma de mentol e eucalipto, deve fazer o mesmo efeito (digo eu).

E não é que faz?
Aconselho. Não tossiu mais a noite inteira e eu pude voltar para a minha cama gelada e tentar adormecer pela 4.ª vez.

Ass.:
Eu mãe

O Natal está a chegar...

O Natal está a chegar sim.
Mas estarei eu assim tão atrasada?
É que não me basta ver nas montras e nos centros comerciais já tudo enfeitado de Natal, este ano vejo as redes sociais cheias de gente que já decorou a casa com os enfeites de Natal.

Eu adoro ter a minha casa com os efeites de Natal, adoro a nossa árvore, e os mil e um enfeites um pouco por toda a casa, mas normalmente só faço no primeiro fim de semana de Dezembro e tiro no fim de semana a seguir ao dia de Reis.
Não é por nada, mas fico com a sala bastante mais pequena com a árvore lá enfiada. 

Será que as pessoas que fazem a árvore de Natal em Novembro, tiram logo no dia 26 de Dezembro?
Ou será que têm casas enormes e mais árvore menos árvore não ocupa grande espaço?

Para já fica aqui um postal (pelo menos aqui não me ocupa espaço) e mais textos virão sobre este assunto, mas para mim ainda é cedo.


Ass.:
Eu mulher

Coisas cá de casa (3)

A propósito disto (que também já aconteceu com a M) lembrei-me de quando a M me pediu pela primeira vez para lavar os dentes.
Pois a miúda pega na escova de dentes e começa a esfregar.
Mas...
Começa é a abanar a cara de um lado para o outro, a mão com a escova fica parada.

Delicioso, daquelas situações que não apetece mandar parar para explicar como se faz.
Mas pronto, o meu lado maternal lá veio ao de cima e expliquei-lhe como fazer.
Boring...



Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Porque o que começa mal pode acabar bem

Ontem fui a uma conferência de manhã.
Sou sincera, não me apetecia ir, estava um pouco como o dia, triste, nublado.
Era uma alteração à rotina que não me estava para aí virada, apanha metro para aqui, corre para acolá, eu há 14 anos a trazer carro para Lisboa, não me apetecia ter de levar com a insegurança do desconhecido.
Mas fui. E foi o melhor que fiz.
Na conferência aprendi muito, mesmo muito.
Ouvi questões que nunca tinha pensado muito nelas. Ouvi oradores muito bons, outros menos bons.
Mas aprendi. E aprendi mais, aprendi que não quero andar para trás. 
Cheguei a um ponto da minha vida profissional em que já percorri muito e não, não quero voltar atrás.
O dia começou a clarear.

Encontrei uma antiga colega nessa conferência. Começámos a trabalhar na mesma altura (há 16 anos), eu uma administrativa (a tirar o meu curso em horário pós-laboral) e ela começou como coordenadora (já com a sua licenciatura). Os anos foram passando e ela foi para outro organismo. 
Ironia do destino, que neste anos em que não nos vimos, ela foi despedida, teve de tirar (e pagar) novo curso para voltar a ser admitida no organismo onde estava e onde hoje é estagiária a receber como tal.
É triste e não o desejo a ninguém, mas senti-me tão confortável com o que tenho. 
Eu subi as escadas do meu percurso profissional, uma a uma, devagarinho, umas vezes mais feliz do que outras, mas fui sempre subindo e agora penso o mau que eu tenho é muito mas muito bom.
E o sol começou a querer despontar por entre as nuvens.

Almocei com uma amiga de longa data e adorei perceber que apesar de não nos vermos há meses e meses, é como se nos tivéssemos visto ontem, as conversas fluem e o tempo da hora de almoço passa sem darmos por isso.
O dia começou a ficar quentinho e ameno, e às tantas já nem me chateava ter de ir de metro para a outra ponta da cidade.

Voltei ao serviço e arregacei as mangas, agarrei o "touro pelos cornos", enfrentei os meus medos.
E o sol abriu totalmente.

Consegui ir buscar a minha filha à escola cedinho e podemos as duas desfrutar de um final de tarde magnifico com o sol no seu esplendor.


Ass.:
Eu mulher

Todos os cuidados...

Nem sempre todos os cuidados é sinónimo de que tudo vai correr bem.

Depois da escola fomos ao parque, ela correu, saltou, brincou.
Mas o que mais gostou, foi mesmo de subir às árvores, lá ia ela a medo pelo tronco acima para depois se baloiçar no seu tronco.
Foram bons momentos em que esta mãe esteve de coração na mãos, naquele impasse de querer deixa-la voar, mas com medo que ela caia.
Tudo correu bem, ela voou, na medida que ela achou que podia voar.

E fomos as duas para o carro felizes da vida, ela em cima do muro que separa o caminho, de mão dada comigo. 
Até que...

Até que o pé lhe escapa do muro e raspa a perna no muro de cimento e faz um belo de um arranhão.
Pois é, a subir às árvores não cai, mas num murinho de 30 centímetros e a dar a mão à mãe dá nisto.

Aqui está a árvore e o muro:


Ass.:
Eu Mãe

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A avestruz...

Estou irritada e como não posso gritar, escrevo.
Porque é que toda a gente acha que temos de ser todos iguais?
Se todos andam com a cabeça enfiada na terra como as avestruzes, porque é que eu também tenho de andar?
Em miúda sempre andei atrás das outras e fiz tudo direitinho como ensinavam os manuais, mas os anos que por mim passaram ensinaram-me que não é melhor assim.
Se eu sei fazer melhor, se tenho competências para fazer melhor, porque é que vou fazer igual aos outros e fingir que está tudo bem?
Não quero, recuso-me.





Ass.:
Eu mulher