sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Aquele momento #3



 
Aquele momento em que ele tem a boca cheia de leite, tiras o biberão para ele engolir pões-no cara-a-cara contigo porque ele é super-mega-fofinho e só apetece dar beijinhos de esquimó e...
 
Ele dá um espirro!
 
Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Dividir ou multiplicar?

Porque esta família não são só os gémeos.
Apesar de eu andar a escrever mais sobre eles a vida continua e há uma princesa que continua a ser mimada como merece.

Ela está a adorar os manos, só quer dar beijinhos e abracinhos, quer pegar ao colo e até já se aventurou a mudar uma fralda.
Ela ajuda-nos imenso, quando eles começam a chorar quase que é a primeira a chegar para lhes colocar a chucha, tem sido uma querida.

Mas também tem direito à meninice dela e isso eu não lhe quero tirar.
Apesar de não ter escrito, temos tido brincadeiras só nossas como seja os cabeleireiros.
Ela teve e tem direito a uma sessão de fotos com os manos ao colo.
(esta se pudesse por ela era todos os dias)
Ela teve direito a ir de bruxinha (obrigada avó e tia) no dia das bruxas, com desenhos feitos pela mãe e tudo (obrigada manos que estavam a dormir).
A Boneco de Neve Mágico, à sua natação, à visita da fadinha dos dentes, tudo o que uma princesa merece e uma família com 2 novos membros consegue.


Porque ser mãe de vários filhos é isto, não é dividir, é multiplicar as tarefas, a disponibilidade, mas essencialmente o amor.

Ass.:
Eu mãe

Vantagens de ser mãe de gémeos #5

Sabem aquelas mãozinhas bochechudas, que nos agarram com força?
Eu tenho 4 para mordiscar.
 
 
Ass.:
Eu mãe babada

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Vantagens de ser mãe de gémeos #4



Sou uma pessoa muito prática, mas acho que me tornei ainda mais.
Não há muito tempo para pensar em coisas parvas, é agir da forma que melhor achamos e pronto.

Quantas vezes eu já dei a chucha do T ao P e vice versa? 
Se o T está a chorar, são 4 da manhã e só encontro uma chucha, vai a primeira que está à mão.

Antigamente dava maminha ao mesmo tempo aos 2.

Agora já não consigo dar maminha ao mesmo tempo, já são muito grandes e mexem-se muito. Mas se vejo que estão ambos com muita fome, dou maminha a um, depois ao segundo e depois o biberon ao mesmo tempo. Eu quero lá saber se o primeiro teve de esperar 10 minutos para beber o biberão, eu quero e tapar o buraquinho aos dois.

Como se costuma dizer, a tropa manda desenrrascar e as mães de gémeos ficam cá com uma tropa...

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Vantagens de ser mãe de gémeos #3


Um estudo concluiu que as mães de gémeos têm uma vida mais longa.
Isto porque supostamente são fisicamente mais fortes e saudáveis e assim a mãe natureza não perde a oportunidade de passar esses genes saudáveis e fortes a novos descendentes.

Claro que isto só se aplica a casos de gémeos gerados naturalmente.

Como é o meu caso, oh para mim, tão forte e saudável que sou!!!
É bom ler estes estudos, aumenta o ego.

Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Chuchar na chucha ou no dedo?

 
Os meus filhos descobriram agora as suas mãos.
Passam uns quantos minutos a contemplar as mãos.
Mas um deles descobriu mais que isso, descobriu que o polegar, mais conhecido cá em casa pelo mata-piolhos, é excelente para chuchar.
Ele larga a chucha e põe o dedo.
Se por um lado não acho piada nenhuma, fica sem hipótese de ter dedos de pianista e pior ainda, na altura de largar a chucha não podemos dar o dedo ao Pai Natal ou a outros meninos que precisem (técnica usada com a Maria) por outro é tão fofinho vê-lo a chuchar no dedo...
 
 
Ass.:
Eu mae

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Asneira ou obra de arte?

Ela chegou da escola com um sorriso rasgado, um orgulho imenso:
- Olha mamã!
 

O meu ar incrédulo ao olhar para a bata da escola riscada e o olhar dela desvaneceu-se...
- Estás chateada, mamã?

Culpa, muita culpa eu senti, ela estava tão orgulhosa da sua obra de arte e eu desmanchei aquele olhar.

- Filha, não é chateada, é que não é suposto fazeres desenhos na bata.
- Desculpa mamã, eu não sabia. Desculpas?

Como poderia não desculpar, eu nunca lhe disse que não se escreve na bata. 
Também não achei que fosse necessário. 
Mas como ralhar? 
Não consegui.

- Não há nada para eu desculpar, tu não sabias. Mas não voltas a fazer, certo?
E olha agora vais mostrar-me os teus desenhos e dizer o que são.

E pronto, aquele olhar levou a melhor.
Mas também se fizermos só o que é suposto a vida não é nada divertida, pois não?
E eu quero que ela se divirta, quero que saia fora da caixa.
 

Ah, temos 1 árvore de natal, com a devida estrela, 1 coração, 2 prende monstros, 2 borboletas e 1 flor.

Ass.:
Eu mãe

PS - infelizmente o "suposto" ficou lá, tenha sido pelo meu olhar ou por algo que alguém lhe disse na escola, o que é certo é que ficou, hoje não quis levar a bata para a escola e pediu-me se podia esfregar os desenhos da bata.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Casa cheia ou cama cheia?

Há 3 meses tornamo-nos uma família mais completa.
Já éramos felizes, não conhecíamos era este grau de felicidade ainda maior.
 

Com 9 dias sobrava cama.
Hoje já começa a faltar.
 
Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Chorar aos pares


Neste dia fomos fazer exame médico aos 2.
O enfermeiro preferiu fazer o exame aos 2 ao mesmo tempo com a justificação que quando terminasse a um ele iria chorar e depois "pegava" ao outro.
Não foi nada assim, nenhum dos dois chorou.
Mas fiquei a pensar, realmente sempre ouvi dizer que os bebés choram aos pares e que com os gémeos era complicado.
Cá em casa não.
Ou são eles assim para preservar a minha saúde mental ou então é algo que se diz por dizer.
Quando um chora, seja de sono, seja de fome e o outro está na cama mesmo ao lado dele a dormir, ele nem sequer acorda.
Se por acaso estão ambos acordados o que não está a chorar, fica simplesmente a olhar para o irmão.
Claro que já aconteceu estarem os 2 a chorar ao mesmo tempo, mas estavam os 2 com fome ou mesmo com sono.

Por isso, pelo menos cá em casa, o choro não se "pega".

Ass.:
Eu mãe 

Dialogos cá de casa

Um biberão de leite seguido de muitos muitos beijinhos...

 - Oh mãe os manos cheiram a puré!

Ass.:
Eu mãe

Aquele momento #2



Aquele momento em que estás sozinha com eles e queres ir tomar banho.
Ora acorda um, adormece.
Ora acorda o outro, adormece.
Ora acorda o primeiro novamente.
...
Buhhhh

Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Aqui nem tudo é a dobrar

Aqui em casa nem tudo é a dobrar

Normalmente somos 5;
Um pacote de fraldas dura 5 dias;
Eles habitualmente fazem intervalos de 5 horas entre as refeições;
Demoram 5 minutos na mama (eu bem que tento esticar para os 10, mas eles fartam-se);
Uma lata de leite dura 5 dias;
Comem 5 refeições por dia.

Por isso 5 é para nós um número mágico.

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Aquele momento...

Aquele momento em que está tudo calmo.
Olhamos para o relógio e ainda temos 3 horinhas até eles acordarem.
Decidimos desmontar a árvore de Natal e os 1500 enfeites espalhados pela casa.

E...

Um deles desata a chorar...

Buhhhhhhhh



Ass.:
Eu mãe

PS - é por isto que nunca tentei pintar as unhas sozinha... Isso e o ter 10 biberões por dia para lavar, mais as 10 mudas de fralda que requerem que lave as mãos.
Acho que para ficar alguma coisa de jeito teria de pintar uma vez por dia.

Ass.:
Eu mãe

Pivete



Andei a queixar-me ao pediatra que eles eram difíceis de fazer o n.º2.
Não faziam, ou quando faziam era com ajuda da canula do bebegel ou o próprio bebe gel.
Mandou-nos mudar de leite.
Agora fazem no mínimo 2x/dia.
Não é muito, acho que é o normal.
Mas esta casa anda com um pivete...4 fraldas malcheirosas por dia...
Ainda bem que está o tempo bom para abrir as janelas.

Ass.:
Eu mãe

Os passarinhos



Identificam este tipo de imagem, dos passarinhos de boca aberta à espera que a mãe lhes traga a comida.

É a imagem que eu vejo quando tenho os meus 2 passarinhos para dar de mamar ao mesmo tempo, já deitados na almofada, só à espera que as maminhas lhes cheguem.
Cabecinhas esticadas, bocas abertas, braços a mexer muito e uns olhos lindos a olhar para mim, como quem diz, "estás à espera do quê, estamos prontos?"

É tão delicioso...
Admito que às vezes os faço esperar só mais uns segundinhos para eu me puder deliciar com aquela imagem.

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Rotinas? Onde?



Há dias escrevi sobre as rotinas.

Pois esta vida tem tudo menos rotinas.
Numa noite destas...
Segunda circular, 19h30m, a regressar a casa depois de termos ido a uma consulta com os gémeos.
Os 5 no carro.
Estava na hora dos gémeos comerem.
Muito trânsito.
Quando...

Pum!!!!

Bateram-nos atrás no carro.
A M começa a chorar.
Os gémeos estavam a dormir acordaram.
Explico à M que não é nada demais, que foi uma batidela pequenina, ninguém se magoou, está tudo bem, não precisa de chorar.
Pergunto se ela se magoou.
 - Sim!!!No coraçãoooo!
E leva a mão ao peito num ar extremamente teatral.
Lá a acalmo enquanto o Maisquetudo vai falar com o senhor do carro de trás.

Entretanto procuro uma declaração amigável no carro.
Encontro, mas não há caneta.
O senhor também não tem caneta.
Lá desencanta uma caneta.
Não escreve.
Entretanto descobrimos que o senhor deixou os documentos do carro em casa.
?????
Digo ao Maisquetudo que vou chamar a polícia.

M desata a chorar novamente.
 - O que se passa filha?
 - Não quero que a polícia veeenha!!!!Não quero que nos passem muuuuuuuuuulta!!!!
 - Oh filha a polícia é nossa amiga, vem para nos ajudar, ninguém nos vai passar multa, não fizemos nada de mal.
 - Mas estamos no meio da estraaaaaaada.
 - Filha, ninguém nos vai passar multa nenhuma, a polícia vem ajudar-nos. Olha eu preciso que sejas uma menina crescida e que tomes conta dos manos, eles estão bem?

Ligo 112.

 Eu: Estou em tal sitio, é uma batidela...
 112:  Há feridos?
 Eu: Não!
 112: Então vou desligar a chamada.
???????
(entretanto já percebi, 112, emergência MÉDICA e não emergência só)

O senhor do outro carro não quer que chamemos a polícia por causa da falta de documentos.
Ignoro.

Ligo 118
...o numero é...como não tinha caneta e eles tinham aquela opção de ligar logo para o numero aguardo.
Pois já não têm essa opção.

Gémeos começam a chorar.
 - M, dás a chuchinha aos manos?

Ligo novamente 118
Memorizo o numero que me dão.
Ligo
 Eu: Estou em tal sítio, bateram-nos e ninguém tem caneta, tenho 2 bebés de 2 meses no carro a precisarem de comer.
 Policia: Ah está bem vou passar a chamada para a polícia de trânsito.
...
 Eu: Estou em tal sítio bateram-nos e ninguém tem caneta, tenho 2 bebés de 2 meses no carro a precisarem de comer, eu quero sair daqui e preciso que a polícia me traga uma caneta!
 Policia: Eu não acredito! Vou mandar aí alguém.

 - Mãe, não aguento mais, posso deixar os manos chorar?
 - Podes filha.

Polícia chega e começam a conversar com os homens que estão à chuva.
Vou lá atrás
  Eu: Senhor guarda demora muito? Tenho os bebés...
  Ele: Não não é só preencherem a declaração
  Eu: Mas eu não tenho caneta!!!
Finalmente o polícia dá-me uma caneta.
Começo a preencher a declaração amigável enquanto eles ficam lá atrás a tratar sei lá do quê.
Maisquetudo vem-me dizer que o senhor tem tudo em dia, que a policia confirmou tudo.

Gémeos continuam a chorar.
Saco do Aero-om e coloco nas chuchas de cada um.
Mais uns minutos de paz enquanto termino de preencher.
Homens assinam e vamos embora.

Rotina?
Onde anda ela que eu não a vejo.

Ass.:
Eu mãe


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Os meninos com as suas pilinhas com vida própria


Nunca tinha mudado fraldas a meninos. A minha experiencia sempre foi com meninas.
O Maisquetudo garantia-me que a meninos era mais simples, não tinha a regra de limpar de frente para trás.

Agora, depois de mudar cerca de 1200 fraldas tenho a minha opiniao formada:
É muito mais simples mudar fraldas a meninas.

Para já, não há tanto material.
Temos de limpar o material todo, o cocó enfia-se em todo o lado, ele é nos refegos das pernas, "ah isso é igual nas meninas", mas nos meninos ainda temos debaixo da pilinha, debaixo dos tintins, nos 2 lados dos tintins, enfim uma trabalheira.
Se calhar é de eu ter 4 tintins para limpar.

Depois temos a vida própria da pilinha.
Uma menina se faz xixi durante a muda da fralda, molha basicamente a fralda nova. 
Nos meninos não, ou estamos bem atentas ou então aquilo esguixa xixi para todo o lado. Uma vez em plena marquesa do pediatra o menino P decidiu tomar banho de xixi, foi xixi para todo lado, ficou com a cara completamente encharcada de xixi.

Pensava eu que estava a ganhar prática, a estar atenta, a colocar sempre a pilinha para baixo... sabem quantas vezes tive de trocar o T de roupa, hoje? 3 E ainda não tomou banho, vai para a 4ª.
Ele é meias, body, babygrow.
E é que está bom tempo para secar roupa!

Só espero que em crescidos tenham mais tino com a pilinha que esta vida própria tem de parar.

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Rotinas

Estes dias de festas foram muito bons.
Fins-de-semana grandes, a família toda em casa.
Como não havia escola, não tinha de preparar a M de manhã, deu para conseguir por o sono em dia.
Brincar com a M, como há muito tempo não conseguia. Dedicar-lhe tempo a ela, ao resto da família.

Mas...

Já tinha saudades das minhas rotinas. De tirar leite quando eles saem, de ver a minha série favorita, de mudar fraldas, fazer biberões, usar a canula do bebegel..tudo na calmaria da casa só para nós os 3.

Ass.:
Eu mãe


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

As festas

As festas.
Claro que também passaram por nós.
A vida continua e é bom que assim seja.
Foram diferentes, muito diferentes.

Começamos pela árvore de Natal.
Houve anos em que a árvore de cá de casa era digna da melhor montra da Av. da Liberdade, com os melhores enfeites, todos eles bem distribuídos.
Hoje, temos a árvore com o maior amor que existe.
O dos filhos.
Temos os enfeites que a M fez, temos os efeites nos sítios que ela achou melhor colocar.
Podem não ser os melhores, nem os msos caros, mas são os que nos fazem mais felizes.


A noite de Natal também foi diferente.
Se houve anos mais animados e cheios de gente? Houve.
Mas tendo em conta as circunstâncias deste ano, este foi o mais tranquilo para o coração destes pais.

Tínhamos 2 meninos Jesus a descansar nas suas caminhas, sem irem para o frio, sem alterar as suas rotinas.

Houve bacalhau, houve doces, houve Pai Natal à porta a deixar os presentes, mas a não se deixar ver, houve tudo.

Se eramos menos do que habitualmente? Sim, éramos. 
Mas éramos os essenciais para estarmos tranquilos.
Afinal até já somos 6, já é um número razoável, não acham?

Porque Natal é isto.
Família, amor, paz.

Ass.:
Eu mãe mulher menina

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O susto

Agora sim posso dizer que o susto passou.
O T teve uma bronquiolite com o vírus VSR.
Teve de ser internado e o irmão teve de ser despistado para ver se não tinha o vírus.
Foram dias difíceis, muito difíceis.
Quem me conhece sabe que nesses momentos não existo para o mundo, não escrevo, não comunico a não ser com as pessoas que me são realmente importantes.

Foi um susto.
Um susto que já passou.
Se deixou sequelas? 
No meu coração sim.

Esse coração de mãe que se tinha de dividir entre os 2 bebés, um em casa outro no hospital.
Esse coração de mãe que só se apaziguava sabendo que nos momentos em que não estava com um dos bebés o pai estava lá.
Esse coração de mãe que se desdobrou em tarefas para tentar sentir um bocadinho menos toda a angustia que estava a viver.
Esse coração de mãe que se agarrava aos outros filhos e pensava no que estava longe.
Esse coração de mãe que vê o seu bebé de um mês ligado a maquinas e mais maquinas que apitam ao mínimo gesto.
Esse coração de mãe que sente as queimaduras na cara do seu bebé dos adesivos que seguram o oxigénio.
Esse coração de mãe que se aperta quando chega ao quarto e vê 5 médicos a olharem para o seu bebé e a darem ordens às enfermeiras para darem adrenalina e refazer os exames todos novamente. Esse coração de mãe percebe que algo de muito mau acabou de acontecer com o seu bebé.
Foi um susto.
Um susto que já passou.

Um susto seguido de outro susto.
O P começou com febre 2 semanas depois do T estar em casa.
Não sabendo o que tinha, os médicos também o queriam internar.
Valeu-me, infelizmente, já conhecer os cantos à casa, já conhecer os procedimentos, já conhecer as médicas e enfermeiras e elas a nós, para estar um pouco mais tranquila e saber que ali iriam tratar o meu bebé da melhor forma possível, internado ou não.
Mas o coração aperta-se.
Aperta-se muito.
E o filme parece que se quer repetir.
Mas lá no céu, tenho os meus anjinhos e o P não ficou internado.
Após 3 dias seguidos de idas às urgências para reavaliações viemos para casa com uma otite diagnosticada.
Foi outro susto.
Um susto que já passou.
Se deixou sequelas? 
No meu coração sim.

Se há doenças muito piores?
Há.
Se há dores muito maiores?
Concerteza que sim.
Mas esta foi minha, e sim deixou sequelas no meu coração.

Sequelas que me dizem para viver ainda mais intensamente.
Aproveitar ainda mais os meus bebés.
Aqueles sorrisos rasgados.
Aquelas bocas sem dentes.
Aqueles olhares maravilhados e maravilhosos.
Aqueles olhos cinzentos.
Aquelas bocas a chuchar mesmo que sem chuchas.
Aquelas bocas abertas e braços agitados assim que percebem que faltam uns meros segundos para saciarem a sua fome.
Aquele cheirinho de bebé.
Aqueles ahhh ohhh que nos querem dizer tudo (a M perguntou se eu percebia o que eles diziam, claro que percebo).
Aquelas mãozinhas que nos agarram e puxam os cabelos.
Aquelas bochechas gordas que só dá vontade de beijar.
Aqueles abraços apertados que digo à mana para não dar com medo que os aperte demais e depois dou eu no recato dos nossos dias a 3.


Ass.:
Eu mãe mulher menina