domingo, 30 de novembro de 2014

A Rainha!

Ela: Hoje está um dia de tanto calor (14 graus) que podia comer um geladinho.
Eu: Não filha, não está assim tanto calor.
Ela: Ai está sim!
Eu: Não, não está.
Ela: Está sim.
Eu: Está bem, como queiras, mas sou eu que mando e não podes comer um gelado hoje!
Ela: Quem manda é a Rainha...e tu és a Rainha.
Eu: Sim, sou.


Ass.:
Eu mãe

PS - Gosto disto, papéis bem definidos.

sábado, 29 de novembro de 2014

Porque todos podem dar...

Porque mesmo os pequeninos podem dar.
Mesmo que não haja dinheiro pode-se dar.
Podemos dar amor, carinho, tempo, dedicação, ombro, colo, ouvidos, incentivo...
Sempre tentei incentivar a M a fazer os seus próprios presentes, no Natal, no anos, Páscoa entre outras festividades e agrada-me que agora com 4 anos seja ela que toma a iniciativa de os fazer.

Hoje fomos a uma festa de anos da filha de uns amigos, muito amigos, nossos. 
A M conhece-a desde bebé e esteve deliciada a fazer estes presentes para juntar à prenda que os nós comprámos.

São 2 pulseiras, 1 postal e 1 desenho num papel especial (rolo de cozinha).

Ass.:
Eu mãe mulher

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Diálogos em família (2)

Eu: O que almoçaste hoje M?
   Ela: Franguinho com rabanadas e arroz.
Eu: Rabanadas?
    Ela: Sim, aquilo roxo
Eu:Roxo? Beterraba?
    Ela: Sim, isso.
Não que umas rabanadas já não marchassem, mas a acompanhar o franguinho...


Ass.:
Eu mãe

Gulosa

Sou muito gulosa, sim sou.
Mas não sou sozinha, o "meu mais que tudo" acompanha-me e bem.

Às vezes ao fim de semana, almoçamos em casa e depois vamos tomar café a 15 km de distância só para comer 3 destes cada um*.

Também adoro estes:



Podem encontrar estes e muitos mais deste género aqui (devia ter comissão por esta publicidade, assim vá, um mês de ovos moles à borla).

Já estou a salivar por sábado...

Ass.:
Eu mulher

*Compramos uma caixa de 6 sai muito mais barato que individualmente

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Noites...

Para não variar acho que ontem às 21:45 aqui esta mãe estava a dormir no sofá.
E assim continuou.

Às 23.30 o "mais que tudo" decidiu ir para cama e eu muito a custo lá me levantei do sofá e fui em piloto automático para a cama (não sem antes ir dar a vistoria ao quarto da M).


Deitada na cama já no 3.º sono, começo a ouvir tossir.

Olho para o relógio 23.33.
A M tosse, e mais tosse, e mais tosse.
Levanto-me, acho que com os olhos fechados lá caminho para o quarto dela.
Ela tosse, e chora porque tosse.
E eu a dormir em pé.
E cheia de frio.
Faço umas festinhas, acalmo-a e volto para a cama.




Recomeça a tossir e a chorar.
Visto um polar e vou de armas e bagagens para o quarto dela.

Quando me lembro de ter lido algures dos milagres do Vicks. Aquele que é pastoso e se põe no peito das crianças. Dizem que faz milagres quando colocados nas solas dos pés.
Pois experimentei, nunca comprei Vicks, para tenho um creme da Mustela com aroma de mentol e eucalipto, deve fazer o mesmo efeito (digo eu).

E não é que faz?
Aconselho. Não tossiu mais a noite inteira e eu pude voltar para a minha cama gelada e tentar adormecer pela 4.ª vez.

Ass.:
Eu mãe

O Natal está a chegar...

O Natal está a chegar sim.
Mas estarei eu assim tão atrasada?
É que não me basta ver nas montras e nos centros comerciais já tudo enfeitado de Natal, este ano vejo as redes sociais cheias de gente que já decorou a casa com os enfeites de Natal.

Eu adoro ter a minha casa com os efeites de Natal, adoro a nossa árvore, e os mil e um enfeites um pouco por toda a casa, mas normalmente só faço no primeiro fim de semana de Dezembro e tiro no fim de semana a seguir ao dia de Reis.
Não é por nada, mas fico com a sala bastante mais pequena com a árvore lá enfiada. 

Será que as pessoas que fazem a árvore de Natal em Novembro, tiram logo no dia 26 de Dezembro?
Ou será que têm casas enormes e mais árvore menos árvore não ocupa grande espaço?

Para já fica aqui um postal (pelo menos aqui não me ocupa espaço) e mais textos virão sobre este assunto, mas para mim ainda é cedo.


Ass.:
Eu mulher

Coisas cá de casa (3)

A propósito disto (que também já aconteceu com a M) lembrei-me de quando a M me pediu pela primeira vez para lavar os dentes.
Pois a miúda pega na escova de dentes e começa a esfregar.
Mas...
Começa é a abanar a cara de um lado para o outro, a mão com a escova fica parada.

Delicioso, daquelas situações que não apetece mandar parar para explicar como se faz.
Mas pronto, o meu lado maternal lá veio ao de cima e expliquei-lhe como fazer.
Boring...



Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Porque o que começa mal pode acabar bem

Ontem fui a uma conferência de manhã.
Sou sincera, não me apetecia ir, estava um pouco como o dia, triste, nublado.
Era uma alteração à rotina que não me estava para aí virada, apanha metro para aqui, corre para acolá, eu há 14 anos a trazer carro para Lisboa, não me apetecia ter de levar com a insegurança do desconhecido.
Mas fui. E foi o melhor que fiz.
Na conferência aprendi muito, mesmo muito.
Ouvi questões que nunca tinha pensado muito nelas. Ouvi oradores muito bons, outros menos bons.
Mas aprendi. E aprendi mais, aprendi que não quero andar para trás. 
Cheguei a um ponto da minha vida profissional em que já percorri muito e não, não quero voltar atrás.
O dia começou a clarear.

Encontrei uma antiga colega nessa conferência. Começámos a trabalhar na mesma altura (há 16 anos), eu uma administrativa (a tirar o meu curso em horário pós-laboral) e ela começou como coordenadora (já com a sua licenciatura). Os anos foram passando e ela foi para outro organismo. 
Ironia do destino, que neste anos em que não nos vimos, ela foi despedida, teve de tirar (e pagar) novo curso para voltar a ser admitida no organismo onde estava e onde hoje é estagiária a receber como tal.
É triste e não o desejo a ninguém, mas senti-me tão confortável com o que tenho. 
Eu subi as escadas do meu percurso profissional, uma a uma, devagarinho, umas vezes mais feliz do que outras, mas fui sempre subindo e agora penso o mau que eu tenho é muito mas muito bom.
E o sol começou a querer despontar por entre as nuvens.

Almocei com uma amiga de longa data e adorei perceber que apesar de não nos vermos há meses e meses, é como se nos tivéssemos visto ontem, as conversas fluem e o tempo da hora de almoço passa sem darmos por isso.
O dia começou a ficar quentinho e ameno, e às tantas já nem me chateava ter de ir de metro para a outra ponta da cidade.

Voltei ao serviço e arregacei as mangas, agarrei o "touro pelos cornos", enfrentei os meus medos.
E o sol abriu totalmente.

Consegui ir buscar a minha filha à escola cedinho e podemos as duas desfrutar de um final de tarde magnifico com o sol no seu esplendor.


Ass.:
Eu mulher

Todos os cuidados...

Nem sempre todos os cuidados é sinónimo de que tudo vai correr bem.

Depois da escola fomos ao parque, ela correu, saltou, brincou.
Mas o que mais gostou, foi mesmo de subir às árvores, lá ia ela a medo pelo tronco acima para depois se baloiçar no seu tronco.
Foram bons momentos em que esta mãe esteve de coração na mãos, naquele impasse de querer deixa-la voar, mas com medo que ela caia.
Tudo correu bem, ela voou, na medida que ela achou que podia voar.

E fomos as duas para o carro felizes da vida, ela em cima do muro que separa o caminho, de mão dada comigo. 
Até que...

Até que o pé lhe escapa do muro e raspa a perna no muro de cimento e faz um belo de um arranhão.
Pois é, a subir às árvores não cai, mas num murinho de 30 centímetros e a dar a mão à mãe dá nisto.

Aqui está a árvore e o muro:


Ass.:
Eu Mãe

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A avestruz...

Estou irritada e como não posso gritar, escrevo.
Porque é que toda a gente acha que temos de ser todos iguais?
Se todos andam com a cabeça enfiada na terra como as avestruzes, porque é que eu também tenho de andar?
Em miúda sempre andei atrás das outras e fiz tudo direitinho como ensinavam os manuais, mas os anos que por mim passaram ensinaram-me que não é melhor assim.
Se eu sei fazer melhor, se tenho competências para fazer melhor, porque é que vou fazer igual aos outros e fingir que está tudo bem?
Não quero, recuso-me.





Ass.:
Eu mulher


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A mensagem

As duas em casa depois de um dia de trabalho/escola e ela:
 - Posso escrever uma mensagem para o papá?
E dita-me o seguinte:

É esperta a miúda, começa por dar graxa, depois pede, e depois diverte-se a colocar os bonecos.
Ela sabe que computador e telemóvel é só ao fim-de-semana e estava de castigo que não podia ver televisão, assim com uma mensagem para o pai, pode dar a volta à situação.

Ass.:
Eu mãe

Um abraço

Chegámos a casa e ela começa a dizer-me que ouviram uma canção na escola, que ela não sabe, mas sabe que começa assim:
Dá-me um abraço
Que seja forte
Soou-me familiar, mas achei estranho, na escola a professora costuma ensinar canções tradicionais e infantis.
Comecei à procura no telemóvel e ela diz que foi este o vídeo que a educadora colocou:


Fiquei contente, mesmo contente de a educadora não estar a ser restritiva.
Ass.:
Eu mãe

O gigante Luís (parte 2)

Como hoje a proeza se repetiu, cá vai o registo fotográfico pedido:

Admito que ontem estava melhor, o casaco era outro.

Ass.:
Eu mulher

E agora?

Estive num local escuro, frio e sombrio.
Primeiro deixei-me estar, encolhida, a uma parede, para ver se as ratazanas não me viam.
Tentava ver o copo meio cheio, dizia para mim própria que não era assim tão escuro.
Iludida e com medo do desconhecido.
Depois chorei, gritei, esperneei, revoltei-me e disse para mim própria que tinha de por as pernas a andar, se teria de andar na lama, andaria, mas que tinha de sair daquele local escuro, frio e sombrio.
Andei, escavei, batalhei, subi montanhas, revirei meio mundo.
E agora?
Agora tenho 4 portas à minha frente.
Uma está ainda fechada. Duas estão entreabertas, a darem-me um pouco de luz, de ar, de esperança.
E a última, aquela que eu mais quero, ainda nem construída está. Apenas tem o desenho. Serei eu capaz de deitar abaixo a parede? E se for uma parede mestra? Valerá o esforço de tentar? Ou estarei a perder tempo e deixar as outras portas fechar?
E agora?
Qual será a melhor para mim?
E se aquela em que já tenho a mão na maçaneta depois não se abre?
Fechará a outra se esperar para tentar ver se esta se abre mesmo?
E se escolher essa? Será que ainda vou a tempo ou estarei a desiludir os sonhos de alguém que está por detrás da porta onde tenho a mão?
Eu sei que mais vale um pássaro na mão que dois a voar, mas será assim com as portas?
Eu só quero o passaro que me fará mais feliz.

Decisões difíceis me aguardam.
Uma coisa é certa. Se o destino me colocar novamente num local escuro, frio e sombrio eu consigo levantar-me, consigo lutar e conseguirei sair de lá.

Ass.:
Eu menina

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Para onde caminhamos

Às vezes fico parva com as notícias que vejo.

Não é que nos Estados Unidos, há um negócio de carinho????
O que é isto?
São pessoas que dão carinho, abraços, miminhos, aconchego em troca de dinheiro.
Uma hora de carinho custa 60€. 
E neste momento já têm espaço próprio, no início a especialista em carinho deslocava-se à casa das pessoas, hoje em dia, já abriu um espaço próprio e emprega pessoas e tudo.


Continuo a perguntar, mas o que é isto? para onde estamos a caminhar?
1. É muito triste saber que há pessoas que precisam de carinho de outras que não conhecem de lado nenhum;
2. Ainda é mais triste que essas mesmas pessoas se sintam acarinhadas quando outra pessoa o faz por dinheiro;
Não sei mais o que pensar, apenas que não gosto do rumo para onde a sociedade está a caminhar.

Ass.:
Eu mulher

PS - Para ver mais têm aqui o link

O gigante Luís

Hoje, com esta chuva o mais que tudo veio comigo de carro.
Está claro que estava a chover quando o deixei a 10 metros da porta do serviço, e não é que o senhor queria levar o meu chapeu de chuva?
Não deixei, afinal eu teria de andar 1Km à chuva até chegar ao meu serviço.
Então ele lembrou-se de levar o chapeu da M.
Foi ilariante. Ver o pai com o chapeu de chuva mini da Kitty.
Fez-me lembrar o Gigante Luís da casa do Mickey Mouse.



Estarei a ver Mickeys a mais?

Ass.:
Eu mulher mãe

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Coisas cá de casa (2)

Há manhã que me correm tão bem e sinto o quanto é bom ser mãe e começar o dia com alegria nos olhos.

Hoje já:
  • aprendi o que é um barco a fundador*;
  • aprendi que anéis e pulseiras apertados fazem "cranco" e que podes morrer de "cranco";
  • trago um desenho para o serviço;
  • cantei o hino nacional 2 vezes.




Ass.:
Eu mãe

*um barco que afunda nas ondas e depois volta para cima.

Saber a quantas andamos.

Tudo começou aos 2 anos.
Ela queria saber quando íamos de férias, quantas dormidas faltavam (os dias contam-se pelo número de vezes que se dorme), queria saber quando seria fim-de-semana novamente e comecei a fazer calendários mensais.
Dava uma grande trabalheira e não fazia todos meses, mas era útil para ela e para nós sabermos às quantas andamos.

Em Abril deste ano ela começou a perguntar quanto tempo faltava para o natal...UI UI
Podia simplesmente dizer que faltava muito, mas arriscava-me a ter esta pergunta muitas mais vezes.
Então lembrei-me de fazer este:



Pintámos os fins-de-semana e as férias da cor preferida dela e os dias da semana da mesma cor que a educadora da escola deu a cada dia da semana. 
Temos os aniversários da família lá marcados, quando há festinhas de anos dos amigos e mais algumas datas para nós importantes.
Se é trazer a escola para dentro de casa? Sim é. 
Mas se ela me pergunta coisas que é suposto aprender mais tarde na escola eu não lhe vou dizer, espera ai um aninho que depois aprendes na escola. 
Porque e que nós pais não podemos ensinar coisas que a escola também ensina? 

O calendário está a decorar a parte de trás da nossa porta de entrada, e foi feito para ela em conjunto com ela mas serve todos cá de casa.

Ass.:
A mãe

PS - adoro este rolo de papel, foi comprado no IKEA há anos e já fizemos imensas coisas giras com os miúdos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O "beijo de boca".

No fim de semana, resolvi experimentar um programa de animação e brincar um pouco com a M.
Incentivei-a a inventar histórias para as personagens dizerem.
Fizemos algumas e ela estava a divertir-se.
E assim ela cria este diálogo:


Estarei a fazer qualquer coisa de errado?
Achei que devia encerrar o capítulo das histórias antes que viesse alguma coisa de mais problemático.

Ass.:
Eu mãe

A bebe-menina

Alegria, Tristeza
Orgulho, Nostalgia
Felicidade, Saudade
Confiança, Medo

Como é possível sentir tudo isto misturado, num só sentimento?
Tu minha filha, tens hoje 4 anos e meio e tens o teu primeiro dente a abanar e eu dou por mim com um misto de sentimentos:
  • Alegre por estares a crescer, triste por estares a deixar de ser o meu bebé;
  • Orgulho da menina em que te estás a transformar, nostalgia dos tempos em que cabias toda nos meus braços:
  • Felicidade de todo o percurso que percorremos até aqui e saudades, tantas saudades dos teus refegos e cheirinho a bebé que ainda hoje tento beber do teu pescocinho maravilhoso; 
  • Confiança do trabalho bem feito até agora, mas medo, muito medo do que me espera, medo que não esteja à altura de tal desafio de ser tua mãe e de querer proporcionar tudo o que desejas sem que exagere e te dê demais.
E hoje, toda orgulhosa, já foi indicar o caminho à fada dos dentes para que ela não se enganasse:


Ass.:
Eu Mãe

domingo, 16 de novembro de 2014

O meu sono já está!

Sábado, 5:14 da manhã.

- Maaaaaãe! O meu sono já está.

Hum! Levanto-me ainda a dormir em pé, está toda destapada, aconchego-lhe o edredon.

- Não, filha, não está nada. Vá volta a dormir que ainda é de noite.

E dormiu até às 8 horas, já eu...

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

E assim passei de mãe a ...

Eu, na cozinha a fazer o jantar.
Ela, no quarto a brincar às professoras com os nenucos.
Vai de vez em quando à cozinha pedir-me que lhe vista a Mariana, a Catarina, entre outras, quando...

- Mãe! Tu eras auxiliar que estavas de férias, mas eu sabia onde tu estavas e ia lá pedir-te coisas.

E assim passei de mãe a auxiliar.

Ass.:
Eu mãe
Ps- ainda bem que eu conheço as auxiliares da escola e sei bem que fazem mais do que vestir meninos.

E quando...

E quando o dia nos brinda com uma boa nota* no curso?
Sentimos que o esforço que tivemos a fazer "o trabalho" valeu a pena.
Afinal não somos assim tão más como às vezes pensamos ser.

Ass.:
Eu menina

*Uma das 3 melhores notas da turma

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Detesto chuva (parte 2)

Ele chegou e não apanhou uma gota de chuva.
Buhhhhh

Ass.:
Eu mulher

Detesto chuva

Eu sei que a chuva é importante, sem ela não existiamos e blá blá blá.
Mas não digo isso quando estou em plena A5 a conduzir, às 18 horas de um dia que devia ter havido greve mas que não houve, com uma carga de água em cima que não dá para ver um palmo à frente, os limpa parabrisas não são suficientes, todos os carros com 4 piscas, só apetece parar o carro e esperar que passe.
Detesto chuva.
Tenho medo, no carro sopro que nem uma gravida em trabalho de parto, agarro-me ao volante com unhas e dentes que nem parece que conduzo diariamente há 13 anos.
Eu sei que sou uma sortuda, estou dentro do carro, sem apanhar um pingo na moleira e há milhentas pessoas nas paragens a apanharem chuva, mas tenho medo.
Detesto conduzir de noite e à chuva.
E penso nele, o "mais que tudo" vem de mota para casa. Se eu, dentro de um carro não vejo, quanto mais ele, com um capacete enfiado ns cabeça, com óculos a embaciarem e a levar com a água no lombo.
E tenho medo...
E penso nela que só espero que esteja protegidinha dentro da sala na escola.
E penso no mais velho, será que foi mesmo ao treino assim? Foi de autocarro ou alguém o levou? Só espero que não tenha ido.
Nós já estamos em casa, de banho tomado, prontas para jantar, mas ele...ele ainda tem 20 km para fazer e ainda chove.
E tenho medo.
E detesto chuva, já tinha dito?
Ass.:
Eu menina

Tenho a honra de apresentar...

Este blog nasceu muito por força dela.
Conhecemo-nos profissionalmente, falávamos profissionalmente, colaborámos juntas profissionalmente... 
E um dia, anos depois de a ter conhecido, eu tive pneumonia. 
Ela decidida, foi pedir o meu número de telefone à minha chefe para saber notícias de mim e ficou para sempre no meu coração. 
Passámos a falar todos os dias, partilhar as nossas angústias, as nossas alegrias, a desabafar que nem a Meredith Grey e Cristina Yang e assim tenho o privilégio de ela ser "a minha pessoa".
É deste modo que querendo eu ter alguns convidados a escrever neste meu pequeno espaço, não tive qualquer dúvida quem seria a primeira.
E ela é a Bem Que Me Quer, e escreveu para este blog assim:
Só podia vir falar deste amor …
Ser convidada para escrever neste blogue deixou-me lisonjeada, afinal é o teu blog!Gosto de escrever, porque sim, ou porque me é mais fácil exteriorizar o que sinto, escrever sobre o que vai cá dentro. E acreditem, vai tanta coisa!!!Mas desta vez não foi fácil. Saber que as minhas palavras podem ser lidas e medidas por tantos … deste e do outro lado do mundo, deixa-me como que emocionada.Obrigada Eu Mãe, Mulher, menina!
Quem me conhece sabe o quanto posso ser lamecha. Por isso só podia vir aqui falar de amor. Aquele amor que nasce quando um filho nosso nasce também.Sou mãe de um bebé, de uma criança, de uma adolescente, de uma mulherzinha e, ainda assim, mãe de uma filha única. Sou a mãe sortuda que tem uma filha que é tudo isto. Um dia a precisar de colo e no outro a mostrar que está crescida, lutando pelo seu lugar, neste mundo de doidos.Este é um amor que me corre nas veias, o cérebro está ligado a ele 24 horas por dia, o coração bate ao ritmo de quem nasceu de mim. Parece um amor dependente, e talvez seja. Sim, é mesmo! Quem quiser, que diga o contrário, estou-me nas tintas!Este amor ensina-me tanto. Aprendi que sou muito mais forte do que alguma vez imaginei ser. Aprendi que consigo fazer ouvir a minha voz lá longe perante alguma injustiça ligada a este amor. Aprendi o quanto é importante a humildade e que a felicidade atrai mais felicidade. Aprendi que este amor me faz ser ridiculamente tolinha e é tão bom! Adoro esta constante aprendizagem, e acreditem que não é fácil. Não vem nos livros este abc, a matemática nem sempre serve a regra e não há gramática que explique onde colocar as virgulas e os pontos. E se há pontos, principalmente de exclamação!Ser mãe é ganhar uma companheira para a vida. Há gritos, há amuos, há castigos e depois também há abracinhos quentes, beijos doces, palavras que nos tatuam a memória e ficam guardadas no coração para sempre.Ser mãe é dar uma oportunidade ao mundo. É acordar todos os dias e ser tão fácil procurar a nossa motivação, a nossa felicidade. Também é chorar aos bocadinhos, em segredo. São muitas as razões …Ser mãe é assustador, dá-nos medos, uns parvos outros não tanto assim. Destes medos não gosto de falar, tenho medo. O território desconhecido é vasto, enorme, assustador, mas tento ser otimista e acreditar que o caminho percorrido até aqui foi positivo, uma espécie de rampa de lançamento para o que está para vir!
Aos 28 anos eu e o meu homem tomamos coragem e lançamo-nos neste grande desafio – ser pais – e nada nos dá mais gozo na vida, acreditem!!! 
(Tenho ainda tanto para dizer sobre este amor, mas as palavras já não cabem aqui, em outro momento, em outro lugar, talvez.)Amo-te meu amorzinho!

E sinto-me tão lisonjeada de este texto ter sido o despoletar de voos mais altos.
Parabéns Bem Que Me Quer

Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

Coisas cá de casa

De manhã é sempre a correr. 
Gosto de dormir e depois é uma desgraça despacharmo-nos todos a tempo.
Resolvi alterar a rotina para a coisa correr menos mal melhor e assim decidi dar mais responsabilidade à M:  - ela vestir-se sozinha de manhã (e para treinar já agora vestir o pijama à noite também).
Ela já sabe, mas acabava por ser mais rápido ser eu do que ela. Mas decidi alterar um pouco as rotinas a ver se funciona.
Pois tanto ontem como hoje de manhã, dei-lhe a roupa e pedi para se vestir. 
Pois tanto ontem como hoje o senhor paizinho olha para a menina, como se ela fosse um cãozinho abandonado e diz: 
 - Queres que o pai ajude?
E ficam os 2 aos beijinhos e abracinhos.
Acho que tenho de mudar de estratégia ou será o ciúme a falar?

Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Oh...

Sim sim, é publicidade, mas da boa!
Faz o coração ficar apertadinho.
Vejam


Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A prova

Qual prova?
Aquela coisa de 35 perguntas de escolha múltipla para lamber 50 decretos-lei em papel à procura de uma palavrinha?
Eu no meu posto de trabalho tenho uma ferramenta que se chama Adobe PDF, clico no botão do lado direito do rato, faço "Find" e o computador faz o trabalho por mim, funciona tão bem! Podemos procurar de várias maneiras, a palavra completa, só metade.
Ah! E também há o google.
Desenrasco-me tão bem assim. Para quê lamber papel?

Enfim, venha a próxima que nesta, estou à espera da 2.ª negativa da minha vida.
A 1.ª foi num teste de filosofia no 10º ano, achei que não valia a pena estar a discutir o sexo dos anjos.
Azul é azul o branco é branco. Não há cá discussões sobre azul turquesa, azul bebé, azul esverdeado.
Tu tens a tua opinião e eu tenho a minha.
E pronto.
Para quê argumentar?
Não gosto de despender recursos desnecessários.

Ass.:
Eu mulher

A "portuga" (parte 2)

Mais uma característica tipicamente portuguesa que eu também tenho: chegar atrasada!
Já não me basta estar com o nervoso miudinho de ir para uma prova, ainda tenho de estar a pensar se conseguirei chegar a horas.
Buhhhhhhh!
Tinha pensado em chegar 30 minutos adiantada.
Chegava lá bebia um cafezinho com o "mais que tudo" que trabalha lá perto. Nesta altura, já é bom se conseguir chegar 5 min. antes do tempo. Ultrapassar este trânsito, estacionar...
ESTACIONAR?
Tenho 50 cêntimos para o parquímetro, não chega para 2 horas! Não tenho tempo para ir levantar dinheiro!
Plano B - Ligar ao mais que tudo, ele ajuda-me.
"O seu saldo que lhe permite efectuar chamadas!"
Buhhhhhhhh! lembro-me de ter recebido uma mensagem no fim-de-semana a dizer qualquer coisa para carregar o telemóvel, sim.
Plano C - estacionar num parque subterrâneo. Boa!
Sinal de parque aqui, vira, não vejo parque nenhum...o meu pai sempre me disse que se fosse para sítios que não conheço para levar gasolina para estas voltas, mas não me disse para ir com bastante tempo a mais...
Ah! É ali. Boa!
Saio do parque e vejo que antes da prova escrita ainda tenho de fazer uma prova física, estacionei no parque errado, loooooooooooge.
Continua, tu consegues!

E consegui sim, cheguei 10 min antes da hora da prova e esperei, esperei, esperei.
É que os senhores deram 15 min de tolerância para as pessoas que podiam chegar atrasadas.

Ass.:
Eu mulher

PS - Dei-me conta agora da bela imagem de mim própria que estou a dar, mas eu não sou assim! A sério que não. Não sou a pessoa que tendo o Cartão do Cidadão feito há 2 meses, teve de sair a correr do trabalho no dia anterior à prova para o ir buscar ao notário a 5 segundos da porta fechar.
Não sou, a sério que não, tenho dias. (e ninguém me pediu o CC na prova!)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fair play

No domingo fomos assistir ao jogo de futebol do A.
Sempre insistimos para que ele faça algum desporto, e eu apesar de não gostar particularmente de futebol, sempre achei que seria bom um desporto em equipa, lutarem pelo mesmo fim em conjunto, conhecer outros colegas, etc.
Assim, temos ido todos os fins-de-semana, (mesmo naqueles em que ele está com a mãe), gostamos de lhe ir dar ânimo e torcer pela equipa dele. 
A equipa é fraquinha, jogam na 2.ª divisão das distritais e têm estado nos últimos lugares, no entanto eu tenho gostado das atitudes que lhes ensinam, antes dos jogos, os jogadores cumprimentam os árbitros e os jogadores da equipa adversária, vão mesmo ao banco, onde estão os suplentes e treinadores cumprimenta-los. Acho bem.
Este domingo jogavam em casa com uma equipa de topo. O jogo foi emocionante, foi renhido, a arbitragem bastante rigorosa (diz aqui a entendida, que vê futebol há 4 semanas), houve bastantes cartões, 1 jogador de cada equipa para a rua, enfim a equipa da casa estava a ganhar quando o apito final se deu.
Mal o arbitro apitou o final da partida, vejo o treinador vencedor a sair disparado para o banco da outra equipa a fazer-lhe pirraça! Não consegui ouvir absolutamente nada, mas consigo imaginar, uma vez que a linguagem gestual foi bastante explicita. O outro não quis saber dele, mas ele continuou atrás e gesticulava e gesticulava.
Nisto oiço alguém na bancada dizer "O QUE É ISTO? A BATER NO MIÚDO!!!" e salta pelas bancadas fora para o meio do campo, vejo o árbitro, apesar de o jogo ter acabado dar cartão vermelho a um miúdo (soubemos depois que era um jogador da equipa que perdeu e estava a atirar as bolas para fora do estádio, um dos treinadores da equipa que ganhou deu-lhe um calduço) o pai viu e não gostou (óbvio! quem gostaria?). Pai e companhia invadem o campo, 2 polícias tentam evitar a invasão de campo (tipo 10 pais para 2 polícias).
Vejo miúdos agarrados a adultos a impedirem que eles cheguem a outros adultos!
Mas o que é isto???
Portam-se melhor os miúdos que os adultos? Não devem os adultos dar o exemplo?
O Fair Play não é só para quem perde, quem ganha também tem de saber ganhar! 
Conclusão, ir embora está fora de questão, temos lá o miúdo, não podemos ir embora sem saber que está minimamente em segurança.
Ficamos.
Quando...um senhor está na bancada abaixo da nossa está a tirar fotos e uma senhora lhe pergunta se acha bem estar a tirar fotos, o senhor pica-se e toca de trocarem ali mesmo umas palavritas.
Acudam-me!!! Não basta a confusão no campo ainda vão arranjar confusão por umas fotos?

Pois é, foi um excelente péssimo momento educativo.
Apesar de não querer, consegui finalmente explicar à M, o que fazem 2 polícias em todos os jogos, pergunta que tem sido recorrente em todos os jogos.



Ass.:
Eu mãe, mulher.

Legionella vs Ébola

Se a Ébola estava aqui à porta de casa (em Espanha), então a Legionella já entrou.

Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O meu momento zen

Este, é o meu momento zen do dia.
Aquele depois de um dia de trabalho cansativo, depois do meu momento de ginásio (leia-se alombar com mala, lancheira e um saco de compras de 5 kg durante um percurso de 10 minutos), depois de correr para a ir buscar à escola, correr para a natação, enfiar-lhe o fato de banho à pressa, lutar contra os cabelos que parecem minhocas a teimar sair da touca e conseguir chegar à piscina sem que o Prof. olhe de soslaio a querer dizer que chegámos atrasadas.

E antes, antes da correria de dar banho, antes de tentar fazer algo minimamente comestível para o jantar, antes que ela adormeça no sofá, antes da leitura a olhar para o relógio, da história antes de adormecer. 

Sim este é o meu momento zen, sozinha no meio de muitos, mas em que posso simplesmente estar, sem pressas, gozar o momento, apreciar as evoluções da minha filha sem ter de correr ou dividir-me em mil e uma tarefas.
Se podia ser mais calmo?
Podia, mas eu gosto assim, eu sou assim.

Ass.:
Eu Mulher

Adorei!!!

Amei!!!
Obrigada Cocó por partilhares esta maravilha.



Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A "portuga"

1. Porque é que me inscrevi em cursos e mais cursos e mais cursos?
2. Porque é que de tantas características tipicamente portuguesas havia logo calhar ser uma pessoa que deixa tudo para a última?

Tenho um trabalho de um curso para fazer até hoje à meia-noite, tive 2 semanas para o fazer, mas só hoje lhe toco. 
Nem há 1 mês estive até às 2 da manhã a terminar outro trabalho para outro curso.
Para a semana tenho uma prova escrita, para a qual tenho 300 páginas para estudar.
Para a outra semana tenho outro trabalho para entregar de um curso que estou a fazer esta semana.

Faz-me lembrar qd tinha menos 14 anos em cima e trabalhava das 9.30 às 18.30, ia para a faculdade das 18.30 às 23h e ainda me enfiei a tirar a carta de condução das 8h às 9h.

Para quê senhores? para quê?

Ass.:
Eu mulher

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Não é Carnaval mas...

...a minha filha decidiu mascarar o peluche mais bonito de cá de casa (na minha opinião) de indiana, só fez foi o Bindi (a pinta na testa), esqueceu-se do fato.
Terá isto a ver com a ter mascarado de indiana no Carnaval passado?


Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Diálogos de família

Eu: Filha, hoje tens ginástica e vai chover, vais calçar ténis, mas não andes lá a pisar as poças para ficares com os pés molhados.
Ela: Oh mãe! Eu tenho de pisar, porque quando chove há lá uns tubinhos de onde sai água.
Eu: Oh filha, lá por haver tubinhos não quer dizer que tenhas de colocar os pés debaixo deles!
Ela: Eu sei mãe, mas está mesmo à entrada da porta.

Também não sabem que os miúdos têm de entrar na sala e põem os tubinhos mesmo ao pé da porta.
Tradução: tubinhos = caleiras

Ass.:
Eu mãe


Postura

Achei este vídeo bastante interessante com os cuidados que devemos ter com a nossa postura quando estamos ao computador.
Ora vejam, é curto e está bastante bem feito (na minha opinião).


Ass.:
Eu mulher

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O "terço"...

Adoro o 1º. ciclo do ensino básico que a minha filha criou.
É que os meninos do "terço" ano são os mais velhos da escola.


Ass.:
Eu mãe

A boa ação...

Ontem fizemos a boa ação de levar a M ao concerto das winx.
Tivemos convites e lá fomos ver um espetáculo que a miúda iria gostar.
E foi mesmo isso, uma boa ação porque o espetáculo é ...como dizer...deprimente?
As atrizes parecem saídas do mesmo saco que os jornalistas da CmTV, com falas mal ensaiadas, nem sequer tinham parecenças com os desenhos da TV.
Os fatos...a certa altura parecia que uma saia tinha sido feita de um cortinado.
A história, os cenários, a encenação... não sei o que dizer, não era só básica, era sem coerência?
Tudo deixava muito a desejar, custa-me pensar que há espetáculos feitos às 3 pancadas unicamente para ganhar dinheiro, sem qualidade alguma.
Se tivesse pago os bilhetes a esta hora estava a pensar que teria deitado dinheiro fora.
Valeu unicamente ver uma miúda feliz da vida, valha-nos a santa ingenuidade.
Ass.:
Eu mãe e mulher

sábado, 1 de novembro de 2014

Halloween (parte 3)

Ontem ainda conseguimos brincar ao halloween.
Consegui por uma miúda feliz e uma mãe com o coração menos apertadinho.

Ass.:
Eu mãe