quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Hoje...

 
Sou sincera, acho que o dia de hoje há notícias a mais.
Não consigo perceber se estou mais perplexa pela decisão dos americanos para a qual não tenho palavras, se pelo Pedro Dias se ter entregue às autoridades e ser um pobre coitado de lhe terem montado uma caça ao homem (afinal ele só matou quem lhe estava à frente, estas autoridades são mesmo tontas), se pela detenção de um chefe da guarda prisional por estar a compactuar com um recluso em casos de burlas.

Sim, como alguém disse, acho que hoje é um bom dia para ir viver para Marte.

Ass.:
Eu mulher

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

"Passou-bem"?



Sou uma pessoa que habitualmente não tem problemas com arrumadores de carros.
Falo para eles como falo para outra pessoa qualquer, porque a realidade é que é uma pessoa como outra qualquer, mas não exageremos.

No outro dia, na escola dos miúdos estava um arrumador a tentar ganhar uns trocos, não é habito, mas estava.
Estacionei o carro e expliquei-lhe não lhe ia dar moeda, uma vez que ia só buscar os miúdos à escola.

Quando regressei ao carro, lá estava ele.
Eu com um miúdo no marsúpio, outro ao colo e mais a M.
E ele não vai de modas, começa a conversar comigo, mas numa amena cavaqueira.

 Ele: São gémeos?
 Eu: Sim, sim.
 Ele: Ah a minha mãe também era gémea...e continua
 Eu: Pois.

Isto é um ponto final, mas ele não achava que era um ponto final e continuava a falar e a falar e a falar
Eu coloco o T na cadeira, aperto o cinto, M na cadeira dela e tenho de dar a volta ao carro para ir colocar o P na cadeira dele.
O senhor mesmo à minha frente.
Sujo.
Muito sujo.
Sem dentes.
A cheirar mal da boca, sim, ele estava tão perto que o hálito dele chegou às minhas narinas.

Pois então, o menino P, que estava enfiado no marsúpio à minha frente, lança o seu maior sorriso e estica-lhe a mão para um "passou-bem".
Pois claro, quem é que resiste?
Ninguém.
E o senhor, deu-lhe o "passou-bem" e eu só pensava nas doenças que poderiam estar naquele aperto de mão e tentava desviar-me, mas não havia volta a dar, o senhor estava a ser mais que simpático e eu só a querer sair dali para fora com os meus miúdos.

Continuei com a minha vida, mas o senhor também continuou.
O P balbuciou qualquer coisa e ele achou que o P queria cantar para ele e quase que enfia a cabeça dentro do carro, só não enfiou porque eu estava a frente a colocar o cinto ao miúdo.
Lá lhe tento explicar que o miúdo não fala, muito menos canta e que tenho de me ir embora.
Pois ele acompanha-me à minha porta, que é do outro lado do carro e sempre a falar da tia e da mãe que eram gémeas, mas a mãe era má, mas a tia não...

Please!!!

Ass.:
Eu mãe a tentar fugir.


TPC

 
A M está no 1.º ano.
A professora avisou logo na apresentação que iria mandar TPC, apenas ao fim-de-semana.
Ela acha e eu concordo que eles são ainda muito pequeninos para trabalharem o dia todo na escola e depois ainda mais em casa.
Prefere que eles trabalhem como deve ser na aula e quando vão para casa que brinquem, corram e se divirtam.
Eu, além de concordar dá-me imenso jeito. Nesta fase da minha vida, com os gémeos pequenos, as rotinas de final do dia são tudo menos tranquilas para ainda juntar TPC diários.
No entanto, normalmente às sextas-feiras questiono a M se não quer fazer logo os TPC e empolgada com a escola como andamos as 2, fazemos logo nesse mesmo dia depois dos gémeos estarem a dormir.

No outro dia a senhorita, saiu-se com esta:

 - Mãe, os trabalhos são meus, não são teus, por isso eu faço quando eu quiser fazer.

Não esperou pela resposta:

 - Tens razão, são teus, mas depois, quando quiseres fazer e precisares da ajuda da mãe, eu posso não estar disponível. E uma coisa te digo, não há jogos de computador se os trabalhos não estiverem feitos!

Não me respondeu.
Uns momentos mais tarde, vou dar com ela a fazer os trabalhos e a pedir ajuda ao pai.

Espertinha que a menina me saiu!

Ass.:
Eu mãe

Receita repetida

É simplesmente delicioso e tinha de partilhar.
Fiz nos meus anos e já repeti a receita 3 vezes.
Faz sempre sucesso.
Fácil e de chorar por mais.
Faço tudo na minha imitação de bimby, não perguntem tempos que é tudo a olho.

SALAME DE CHOCOLATE ENFORMADO

300 g bolacha maria
100 g Margarina
100 g chocolate em pó
200 g açúcar
2 Ovos grandes
1 gema

Para a cobertura
1 dl natas
200 g chocolate em barra
50 g açúcar em pó


Parte-se as bolachas em bocados.
Bate-se a margarina derretida com o chocolate e o açúcar; depois põe-se os ovos e a gema e volta-se a bater. Junta-se a bolacha e envolve-se bem.
Coloca-se numa forma de aro amovível e vai ao frio até solidificar.
Entretanto, prepara-se a cobertura: ferve-se as natas, e adiciono o chocolate partido e o açúcar. Mexo até ficar tudo derretido.
Desenforma-se o bolo e rega-se esta cobertura por cima.

Daqui
 Ass.:
Eu mulher

Diálogos cá de casa

No dia que fui dar sangue a M queria que lhe pegasse ao colo.

Eu: Oh filha, a mãe hoje não pode que foi dar sangue e não pode fazer esforços.
Ela: Ai foste? Onde está o corte?
Eu: Qual corte?
Ela: O corte que te fizeram para o sangue sair!

Comecei a pensar nas razões desta pergunta... Uns dias antes tinha explicado que as pessoas às vezes têm acidentes em que fazem cortes muito muito grandes onde sai muito sangue e então precisam de sangue de outras pessoas se não morrem.

Será que fui explícita demais?

Perante o seu ar assustado, clarifiquei ainda que o meu sangue se iria renovar nos dias seguintes e eu não ia ficar sem ele. Que seria tipo una torneira de água, que a minha torneira de sangue iria continuar a correr.

Para uma miúda de 6 anos, se calhar abusei, não?

Por fim, acrescentei que a sua própria avó que já morreu também precisou e que o seu avô se calhar já teria morrido se não andasse a levar sangue que outras pessoas dão.

Ups, realidade demais?

Com tanta explicação, acho que foi muito bom a pergunta ter sido apenas sobre o corte.

Mas pronto, lá conclui que, por isto é que é tão importante que nós pessoas saudáveis como nós dêem sangue para ajudar os outros.

Ass.:
Eu mãe

Em modo mudança de estação

Mais alguém nesta fase?
Quem me manda ter 3 filhos pequenos, com trezentos quilos de roupa?
Ando sempre nesta saga e parece que nunca acaba.
Dois sacos já se foram e ainda me falta isto...

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O jantar dos gémeos hoje

E o cheirinho que isto deitava!!!

O cheiro a queimado devia-se sentir logo no fundo da rua.

É o que faz ir dar banho a um e deixar o jantar a adiantar...
Ass.:
Eu mãe frustrada

Diálogos cá de casa

 
 - Mãe, os manos no Natal já falam?
 - Eh, se calhar uma palavrita ou outra... mamã, mana, papá
 - Só espero que o Pai-Natal lhes dê um homem-aranha e um Batman.
 - Porquê filha?
 - Para serem namorados das minhas barbies.

Queres-me ver que este ano faz a lista dela e dos irmãos para o Natal?

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Uma prenda que o dinheiro não pode comprar



Hoje, logo hoje, recebi uma prenda que o dinheiro não pode comprar.
O meu filho Tomás ia caindo.
Ia caindo, porque se atirou, literalmente, do meu colo para o colo da sua educadora mal a viu de manhã quando chegámos à escola.

Isto é das melhores prendas que eu poderia receber.

Eu já sabia, mas hoje foi a prova provada do amor que recebem desta senhora.
Eu já sabia, mas hoje foi a prova provada, que depois de termos andado por caminhos perdidos, voltámos atrás e estamos no caminho certo.

Depois de ficarem a chorar 20 dias dos 20 dias que "estagiaram" numa escola em Setembro, achámos que não estávamos no lugar certo.

Agora nesta escola, ao 6.º dia deixaram de chorar quando me venho embora, fiquem eles com quem ficarem, educadora ou auxiliares da sala deles, ou de outras.
 
Obrigada Sandra por me permitir ver como o meu filho a adora, obrigada por todo amor, mimo e cuidados que tem com os 2.
Não imagina o quanto fiquei feliz com o que vi hoje.

Obrigada a todas as pessoas da escola por todo o amor que dão aos meus filhos.
Obrigada por sem os saberem distinguir (não se preocupem, nem a avó sabe), sabem quem eles são e têm sempre um sorriso e um colo para os dois.
Obrigada à direção por permitir que eles tivessem regressado onde foram e são felizes.
Obrigada por me mostrarem que estamos no caminho certo.

Ass.:
Eu mãe

PS - para os novatos nesta casa, este post vem no seguimento deste

Um ano e infinita felicidade

Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A matemática dos gémeos

 
Isto de ter um par de gémeos não é bem o dobro do trabalho.
É a triplicar ou mesmo quadriplicar.
Vejamos:

 - Quando coloco um bebé no carro e tento colocar o cinto ele se tenta esgueirar pela cadeira fora tipo cobrinha - isto é dificuldade normal de 1 bebé, seria o dobro a parte do segundo fazer o mesmo.
Mas quando temos o segundo no marsúpio a espernear porque se sente apertado de estarmos a lutar com o primeiro - esta é uma dificuldade que não existe no 1+1=2, eu diria que é dificuldade 3

 - Quando temos um a chorar simplesmente porque está chateado na cadeira de comer - isto é dificuldade 1
Mas quando como solução lhe damos um brinquedo totalmente novo, como seja uma garrafa de água vazia para ele se distrair e o segundo quando vê a garrafa de água a tenta roubar ao primeiro, que com sucesso dá origem ao primeiro voltar a chorar, sem sucesso dá origem a ele próprio desatar a chorar - isto é dificuldade 3

 - Quando estamos a mudar a fralda a um e esse um se esperneia e se tenta virar - isto é dificuldade 1.
Mas quando como solução o levamos para cima da cama da mais nova e tentamos vestir com outras vistas de forma a estar distraído e o segundo que está na cama de grades a brincar decide puxar o muda fraldas para o chão levando com ele todos os produtos associados - esta é uma dificuldade que não se enquadra no 1+1=2, é claramente 3.

E é isto por hoje.

Ass.:
Eu mãe

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Todos os dias podem ser bons dias


...E agora estou grávida...
...E agora estou no pós grávida...
...E agora não vás porque quero ir contigo e hoje não dá...
...E...

Todos os dias podem ser bons dias.
Hoje para mim foi o dia!
Bastou ver o placar às 8.50 a dizer que estavam lá hoje até às 13h e pronto.
A médica ainda tentou fazer-me desistir da ideia
 - ...ah e tal não dormiu bem...e como é que vai fazer para tratar dos bebés?
 - Eu cá me arranjo, não se preocupe!

 
 
Ass.:
Eu mulher

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Porque Outubro também é um bom mês para recomeços


Porque outubro também é um bom mês para recomeços.
Porque posso ser chamada de mãe galinha que não me importo.
Porque os meus filhos são o mais importante.
Porque não preciso de ser amiga das educadoras dos meus filhos, mas preciso de saber que elas são amigas deles.
Porque não faz mal voltar atrás quando vemos que nos enganamos.
Porque às vezes é preciso dar um passo atrás para conseguir dar dois para a frente.
Porque não quero viver num mundo em que não me dão os bons dias.
Porque quem faz 2 Km de carro também faz 6.
Porque o afeto é mais importante que o saber sentar.
Porque quem faz as casas são as pessoas e não as paredes.
Porque depois de conhecermos o aconchego o lençol de cetim já não interessa.
Porque depois de conhecermos o excelente o bom sabe a amargo.
Porque depois de conhecermos o amor o assim-a-assim não chega.

E por isto e muito mais, sujeitei os meus filhos de 11 meses a mudarem de escola depois de estarem apenas um mês, um terrível mês de Setembro, numa escola em que não senti afeto, não senti calor, não senti pessoas.
Senti funcionários, técnicos, especialistas e isso não quero para os meus filhos.
Hoje, mais do que ontem, quero que os meus filhos tenham na escola uma continuidade do que há em casa.
Hoje, mais do que ontem, valorizo o mimo mais do que saberem sentar-se na cadeira.
Hoje, mais do que ontem, estou tranquila enquanto eles estão na escola.

Ass.:
Eu mãe

Não escrevo





Sim, não tenho andado a escrever.
Não escrevo porque não.
Não escrevo porque não me tem apetecido.
Não escrevo porque não sou obrigada a tal.
Não escrevo porque tenho andado ocupada com o novo trabalho.
Não escrevo porque tenho andado ocupada em gerir uma casa com 3 miúdos pequenos.
Não escrevo porque tenho andado ocupada em ser feliz.
Não escrevo porque tenho andado ocupada em tentar mudar o que não me faz feliz.
Não escrevo porque não.

Ass.:
Eu mãe mulher menina

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Momentos

Como eu aprecio estes momentos...
8.50 e tenho a paz do meu mundo.

Ass.:
Eu mulher 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Uma manhã qualquer



Tenho andado desaparecida, sim.
Escreverei sobre isso num outro post.
Mas algumas das razões para este desaparecimento estão aqui.
Podia ser uma manhã qualquer, mas foi hoje:

6.00 - Acorda o T, bebe o leite na nossa cama (afinal dormiu desde as 20.00, estamos a melhorar neste ponto);
6.05 - Acorda o P, o Maisquetudo vai busca-lo para a nossa cama;
6.20 - Colocamos o P na cadeira da cozinha, o T no parque (estrategicamente colocado na cozinha).
Eu tomo um duche, Maisquetudo arruma a loiça da maquina e toma o pequeno-almoço;
6.35 - Saio do banho e visto a roupa interior e uma camisa (o gémeos já estão a choramingar fartos de tudo);
6.40 - Estão os 2 com cocó, o P ao colo do pai e o T na cadeira;
Levo o P, mudo a fralda, vai para o parque (há que variar);
Levo o T, mudo a fralda e de volta para a cadeira;
6.50 - Maisquetudo arruma o que consegue da cozinha;
Ponho o pão na torradeira, preparo a lancheira da M levar para a escola, ao mesmo tempo que tento dar brinquedos e livros aos gémeos para eles se distraírem;
Maisquetudo faz as camas;
7.05 - Tomo o meu pequeno almoço, Maisquetudo toma banho;
7.15 - Tento arrumar a loiça do pequeno almoço, preparar o pequeno almoço da M e como os gémeos estão refilões faço a papa para o pequeno almoço deles;
Não tenho papa para 2 pratos, só para um, ponho um pouco de leite em pó e a coisa dá-se
7.40 - Começo a dar a papa aos 2 ao mesmo tempo;
choram, refilam, empurram o prato e a colher, o que tem a papa feita com o leite até lhe dá vómitos, experimento com o outro e tem a mesma reação;
Refilo;
Espeto com a papa no lava-loiças;
Lavo os pratos enquanto eles choram;
7.50 - Maisquetudo vai-se embora para o trabalho, não sem antes de vir despedir ao que eu o trato muito mal (desculpa :( );
Levo os gémeos para o quarto deles onde a M está a acordar;
Calam-se assim que veem a mana (porque é que não a acordei mais cedo);
8.00 - Preparo o pequeno-almoço da M enquanto ela brinca com eles (que estão estrategicamente dentro de uma das camas para minimizar o risco de acidentes);
8.05 - Começo a vesti-los e a M vai tomar o pequeno almoço;
Visto o T e o P brinca sozinho na cama (que está a 2 milímetros de distância);
Visto o P e o T chora a bons pulmões sozinho na cama (que está a 2 milímetros de distância);
8.15 - Levo-os para as cadeiras da cozinha e dou um iogurte a cada um (afinal não tinham comido a papa e não podiam ir só com o leite para a escola) a M foi para a casa de banho arranjar-se:
 - Mãe!!!É cocó!
Vou limpar um rabo (já é o 3.º hoje) enquanto os gémeos ficam na cozinha sozinhos a refilar;
 - Mãe!!! Já está!!! (refere-se a ter esfregado os dentes)
 - Oh M, já te disse que não precisas de me avisar, passa por água e continua com o resto!
Ela veste-se;
8.25 - coloco os gémeos cada um seu ovo a ver televisão (eles já não podem andar no ovo no carro, mas como ainda estão lá por casa é um dos sítios que os posso por sem ter de andar a ver se estão a abrir armários, puxar cortinados ou subir pelas gavetas das comodas);
Visto as primeiras calças que saem do armário;
Arrumo os 500 mil brinquedos que eles atiraram para o chão da cozinha, levo as fraldas do quarto para o lixo, calço os sapatos aos 4 membros da família que ainda estão em casa;
8.30 - Faço o penteado à M que vimos no dia anterior no youtube e ela quer levar para a escola;
8.40 - Coloco o T no marsúpio, arrumo o ovo, coloco o P ao colo e arrumo o ovo;
Pego na minha mala na mochila deles, a M na lancheira dela e saímos de casa;
O P tenta sair do colo para mexer no mostrador do elevador, algum equilibrismo da minha parte e ele não cai e ainda consigo apanhar uma chucha no ar antes da mesma cair no chão;
8.42 - Abro a carrinha com os dedos que me sobram, atiro lá para dentro as malas e afins, coloco o P numa cadeira, e ponho o cinto;
Dou a volta, tiro o T do marsúpio, coloco numa cadeira e ponho o cinto;
Dou a volta e sento-me ao volante;
 - Mãe, falta o meu cinto!!!
Saio e vou por o cinto à M;
Volto ao volante e seguimos viagem;
Deixo a M na escola dela, sigo até à escola dos gémeos, T adormeceu;
Coloco o P no marsúpio, o T ao colo e vou entrega-los à educadora e respiro fundo.

Agora e eu?
Onde estou eu?
Eu, estou às 9.05 numa esplanada.
Eu, estou a beber um café.
Eu, estou a gozar de um belo sol.
Eu, estou a desfrutar deste cheiro maravilhoso de chão molhado.
Eu, estou a agradecer pela vida que tenho hoje (não ontem, não há 2 meses, hoje!) que me permite ter estes maravilhosos 20 minutos antes de ir trabalhar.
Eu, estou a apreciar as escolhas que fiz até aqui.
Eu, apesar de ter manhãs atribuladas, sinto-me em paz.

Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O sonho

Já dizia o poeta que o sonho comanda a vida.
Hoje, anos depois de ter sonhado, um dos meus maiores desejos concretiza-se e este caderno e caneta, oferecidos há muito tempo atrás vão ter o uso que na altura lhes destinei.
Boa sorte para mim e mais sonhos venham.

Ass.:
Eu mulher

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Ora dá cá um e a seguir dá outro,

Ora dá cá um e a seguir dá outro,
Ora dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um antibioticozinho.

Pois é, oficial, o T depois de ter tomado 8 dias de antibiotico, fez otite no outro ouvido.
E a conjuntivite do P, claro que passou para o T.

Acho que vamos hibernar novamente do blog...


Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Diálogos cá de casa



Ela: Mãe, quando têm filhos e morrem, podem casar-se outra vez?
Eu: Quando as pessoas têm filhos e morre um dos pais?
Ela: Sim!
Eu: Claro.
Ela: Mesmo com filhos???

E foi assim que a Leoa, com um filho Leão casou com um "Girafo" e o Hipopótamo e o Crocodilo casaram e ficaram com um filho Papagaio.

Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Senhor GNR vizinho da escola dos meus filhos

Senhor GNR vizinho da escola dos meus filhos...
  1. O senhor é mesmo GNR?
  2. O senhor vai mesmo autuar os carros que lhe estão a tapar a sua garagem?
  3. Como GNR, tem autoridade para isso?
  4. Como GNR que está a sair de sua casa, já está em serviço ou será um cidadão como eu?
  5. Tem consigo o bloquinho das multas?
  6. Agora já não é tudo eletrónico?
  7. Vai à esquadra buscar? Noutra localidade claro, porque aqui nem sequer há posto da GNR.
  8. Pede ao seu comandante para lhe dar serviço naquela zona para autuar os carros que tapam a sua garagem por 5 minutos?
  9. Não será isso abuso de poder, utilizar os recursos do estado para proveito próprio?
  10. O senhor é mesmo GNR?
  11. Já agora, a ultima vez que me dediquei ao assunto era a PSP a responsável por passar multas de mal estacionamento aqui na zona. A GNR de outra localidade também pode? é isso?
  12. Compreendo o seu aborrecimento de todos os dias há uma série de anos ter dificuldades de sair da sua garagem por causa dos pais dos meninos estacionarem mal o carro. Compreendo, mesmo, a sério.
  13. Mas sabe que eu não lhe estava a tapar a sua saída, certo? O outro carro que estacionou a seguir é que lhe bloqueou as manobras.
  14. Mas pronto, como o compreendo, prometo que vou tentar deixar o carro mais atrás, como o senhor sugeriu e não lhe prejudicar a sua saída, mas sim a dos outros carros que estão estacionados.
  15. O senhor é mesmo GNR?
  16. O senhor acha que eu acredito que nestes anos todos de aborrecimento (14 segundo sei), se o senhor pudesse realmente fazer alguma coisa, já não o teria feito? 
  17. De qualquer forma, prometo tentar acreditar em tudo o que me disse e não pensar que o distintivo que me mostrou é saído de alguma loja dos chineses por estar chateado há muitos muitos anos e que neste momento se está a rir com a sua mulher por ter enganado mais uma.
  18. Prometo aceitar que o facto de ter 2 bebés gémeos, com 10 Kg cada um, não me dá o direito de estacionar o mais perto possível da escola de forma a ter de carregar com 20Kg o mínimo de metros possível.
  19. Agora a sério, prometo que vou ter atenção ao estacionar o carro ao deixar os miúdos na escola, não pela sua ameaça vã, mas por compreender a sua situação.
Senhor GNR vizinho da escola dos meus filhos, aceite, desde já, as minhas desculpas, que eu já desculpei as suas mentiras.

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 19 de julho de 2016

Os automóveis são para ir na estrada



Portanto...
Árvores num passeio.
Árvores e postes de eletricidade no outro.
Onde é que nós vamos?
Na estrada claro. 
Mas havia dúvidas?

Ass.:
Eu mãe

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A guardar dentes desde 2014

E lá caiu mais um dente à M...
Ao guardar a reliquia deparo-me com esta realidade...
No primeiro dente que lhe caiu, a fadinha teve direito a envelope, com remetente e destinatário, por pouco não levava selo.
Hoje, o dente vai enrolado num bocado de papel higiénico e ela não se importa nada.

Ass.:
Eu fadinha dos dentes

Sempre a somar...

As noites estavam a ser dificeis, dificeis demais.
(Daí a ausência da escrita).
Nada de febres, apenas noites mal dormidas.
Decidimos ir ao hospital.
Além de trazermos um atestado de incompetência por o T dormir mal há 3 noites e ainda não ter sido visto pelo médico, trouxemos uma otite e uma conjuntivite, cada coisa a seu gémeo, vá lá.




Ass.:
Eu mãe

domingo, 17 de julho de 2016

Fins de semana



Sábado 9.30 da manhã
5 pessoas de pequeno almoço tomado
4 camas feitas
40 unhas cortadas
20 por cortar
1 adulto de banho tomado
2 bebés a dormir a sesta
A que horas acordamos?

Ass. Eu mãe

terça-feira, 12 de julho de 2016

Diálogos cá de casa


Há uns dias...

Ela: Mãe, hoje fiz uma cueca ao I!!!
Eu: A sério? Mas sabes o que é uma cueca?
Ela: Sim, é passar a bola por baixo das pernas.

Ontem enquanto fazia o jantar...

Ela: Mãe, então o Ronaldo está melhor?
Eu: Não sei filha, acho que vai ter de ficar 1 mês sem jogar futebol.
Ela: Como é que ele se magoou?
Eu: Olha, foi um da outra equipa que lhe deu uma castada.
Ela: Mas isso é batota!!!
Eu (a dar uma de moral): Sim! Já viste? E mesmo assim ganhámos, não vale a pena fazer batota.
Ela: Então, mas se não ganhássemos as pessoas podiam dizer disso da castada aos presidentes.
Eu: Aos árbitros?
Ela: Isso!

Por este andar qualquer dia sabe mais de futebol que eu, também não é preciso muito, mas para já não baralho presidentes com árbitros.

Ass.:
Eu mãe



segunda-feira, 11 de julho de 2016

Dia 10 Julho

Marcado para sempre como a primeira vez que Portugal vence um europeu de futebol, mas também o dia que o T começou a andar agarrado pelas mãos .

Duplos Parabéns!!!
Ass.:
Eu mãe mulher menina

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Noites...


Esta noite...

Deito-me às 23.00.
O P acorda à 1.00, deixo-o ficar no ronhonho a ver se volta a dormir.
Levanto-me às 1.30 vou busca-lo, mudo a fralda. leitinho...
1.35 acorda o T.
1.40 Maisquetudo vai busca-lo.
Termino o leite do P deito-o na nossa cama.
Mudo fralda ao T, leitinho...
P adormece.
T adormece no colo a beber o leite.
2.10 Tudo nas respectivas camas.
5.15 P acorda e deixo-o ficar no ronhonho.
5.20 chego ao quarto deles e o P tem metade do cortinado dentro da cama dele.
Levo-o para o meu quarto.
Mudo fralda, leitinho...
5.40 acorda o T.
Tento que o P adormeça, embalo ao colo e tudo, mas nada feito, está de olho no irmão já na nossa cama.
Mudo fralda e dou leite ao T.
Tento adormecer o T enquanto o Maisquetudo tenta adormecer o P.
Sem sucesso.
6.00 vamos os 4 para a cozinha, os babies a brincar e nós a tomar o pequeno almoço.
8.30 todos os 5 na rua para mais um dia de trabalho e escola.

A noite antes desta...

Deito-me 22.30.
00.25 acorda o P.
Mudo a fralda, leite e adormece.
Deito-o na cama dele 00.40
1.40 acorda o T.
Mudo a fralda, leite e não adormece.
Deito-o na cama dele.
Blá...bii...alá...blá - oiço no intercomunicador.
Vou busca-lo antes que acorde os irmãos.
Deito-o na minha cama.
Rebola e rasteja até aos pés da cama , bate no colchão, bate nas costas do pai, agarra os seus próprios pés...
Volto a coloca-lo direito para dormir.
Rebola e rasteja até aos pés da cama , bate no colchão, bate nas costas do pai, agarra os seus próprios pés...
Volto a coloca-lo na cabeceira para dormir.
...
2.40 devo eu adormecer ferrada que não vi mais a horas.
3.20 acordo sobresaltada porque lhe toquei num braço.
Está a dormir.
Levo-o para a cama dele.
5.45 acorda o P para mais um divertido dia.
6.45 acorda o T para fazer companhia ao irmão.

Não preciso de continuar mais, pois não?

E isto tem sido as nossas noites nos últimos meses.

Estas são as noites boas, de vez em quando temos as más.
Começam logo às 22 horas com leite, depois às 23h, depois às 2h, depois às 3h, às 6h...
Levantar-me da cama de 2 em 2 minutos para por a chucha a um deles.
Levar um para a minha cama.
Só dorme no colo, assim que ponho na cama chora.
Levar o outro para a minha cama, mas como na cabeceira está o irmão fico com ele deitada nos pés...

Mas também há as noites que me levam ao céu.
Aquelas em que um dorme das 20.30 às 6h e o outro acorda a meio da noite, come e dorme logo a seguir.
São mais raras, mas também as há.

Por isso, quando me perguntam se eles dormem bem. 
Sim, dormem.
São é dois.

Se trocava isto por dormir melhor?
NUNCA!

Eu queixo-me, queixo-me mas depois adoro estas manhãs em que tenho 2 formiguitas na minha cama, mas que ando feita zombie à uns meses ando.

Ass.:
Eu mãe

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Descobre a diferença

Ass.:
Eu mãe

Sherlock "Home"


Há uns dias, ao fim do dia, vi no chão lá de casa uma mecha de cabelo.
Assim uma coisa muito direitinha, não era um rolhão de cabelo, era mesmo uns 6 ou 7 centimetros de cabelo que que parecia cortado.
Estranho...
Apanhei e pus no lixo.

No dia seguinte de manhã a mesma coisa.
Que coisa estranha...

Nesse mesmo dia mas à tarde decidi despejar o caixote do lixo do quarto da M.
Pois não é que encontro várias mechas de cabelo????
Comecei a analisar e estavam com restos de rebuçados.

O filme passou todo à minha frente.
Mãe que é mãe tem veia de Sherlock.

Há uns dias atrás ao pentear a M, vi que tinha o cabelo todo embaraçado e lá está descobri restos de rebuçado no cabelo.
Claro que não perdeu pela demora, levou raspanete...
 - Andas a pôr o cabelo na boca, ainda por cima quando tens rebuçados na boca???
 - O cabelo fica melaço, estraga-se...
 - Vá lá que molhado consegui resolver a situação...
 - Caso contrário tinhamos de cortar...

Bom, se calhar não disse isto no tom mais pedagógico, diria mesmo que terá sido uns decibeis acima do normal.
Mas então o que aconteceu?
A boa da M, como continuou a fazer a mesma coisa que eu tinha dito para não fazer e o resultado foi ficar com rebuçado no cabelo, decidiu cortar o cabelo e resolver a situação sem me dizer nada.

Problema foi ter escondido o gato com o rabo de fora.

Conclusão?
Em vez de raspanete por ter colocado o cabelo na boca, levou raspanete por isso, por me ter escondido a situação e ainda ficou de castigo.

Resposta dela:
Eu não me importo...

Buhhhhh!

Ass.:
Eu mãe

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Uma saída normal...

Aqui está o retrato de uma saída normal.
Quando estou sozinha e quero sair o cenário é este:
  • Um ovo ao colo;
  • Outro ovo no chão
  • Carrinho a ocupar metade do elevador
  • Espacinho para mim.


Trabalhoso?
Sim, muito.
Muito trabalho de braços, muitas dores nas costas, muita logística.
Mas nada me impede de sair sozinha com os meus meninos.
Sou tão capaz como uma mãe de um bebé apenas, ou melhor, sou muito mais capaz.

Ass.:
Eu mãe

terça-feira, 5 de julho de 2016

Para primeiro dia nao está mal

Então vamos cá ver...
Antes de começar a trabalhar iniciei os treinos.
Levar a tropa toda a deixar a M na escola.

A coisa em casa correu muito bem, não fossem os gémeos acordar todos os dias às 6h da manhã.
A questão da logistica também correu bem. Levar para baixo no elevador, eu e respectiva carteira, os ovos dos gémeos, a M e a mochila dela, tudo sem problemas.
Colocar tudo no carro, prender 3 cintos e aqui vamos nós.
Chegamos à porta da escola e mochila da M, nada dela.
Tinha ficado do lado do pendura, fora do carro.

Tudo bem, voltamos atrás a buscar.
A mochila já lá não estava, houve uma alma caridosa que a colocou à porta do nosso prédio. 
Que maravilha...
Pois o senão, é que estava carregadinha de urina dos cães que por ali andam.

Acho que alguém ganho uma mochila nova antes de tempo.


Ass..
Eu mãe mulher

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Quem não tem cão caça com gato

Fui ao médico apenas com um e decidi levar a bengala que era da M.
Não tocava naquilo há alguns aninhos.
Não a consegui fechar, andei e andei às voltas com aquilo e nada.
...
Enfiei-a aberta dentro do carro.
A tropa manda desenrascar.
Não fui à tropa, mas como tenho uma lá em casa, desenrasco-me como posso.

Ass.:
Eu mãe

E quando...

E quando estamos a passar o bb creme na cara e em vez de cor da pele espalhamos cor-de-rosa???
Peguei no creme das mãos que está mesmo ao lado!

E sabem qual a razão, mesmo?
Dormi demais.
Hoje consegui dormir 6 horas, das quais 4 foram seguidinhas!
Yupi!!!!

Ass.:
Eu mãe em privação de sono há muitos meses

PS - não sei bem se ter dormido 4 horas seguidas foi fruto de os miúdos terem dormido sem um "ai", se foi o meu estado de exaustão que já não oiço os "ais", mas isso agora também já não interessa nada, já dormi mesmo.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A verdade por detrás da ausência

Há tempos uma amiga dizia-me para eu ir escrevendo para vocês irem lendo as peripécias e saberem que é possível sobreviver.
Pois então, esta ausência teve razão de ser.
Com 8 meses de gémeos, consigo dizer que sim, é possível sobreviver e até às vezes viver um pouco e gozar o que a vida tem para nos oferecer. Não consigo é escrever no blog.
Mas é possível, é possível ser mãe de gémeos de 8 meses, mãe de uma menina de 6 anos, madrasta de um rapaz de 16, mulher de um Maisquetudo, profissional, filha, irmã, amiga...
...Tudo com as suas limitações, claro.

Se há momentos difíceis?
Há!
Muitos!

  • Mas depois de uma bronquiolite com internamento de uma semana de um deles (que escrevi aqui) 
  • Depois de 4 otites, febres de 4 em 4 horas sem possibilidade de dar brufen e a única coisa que podia fazer era despi-lo para não chegar aos 38,5 senão teria de ir para o banho.
  • Depois de uma gasteroentite minha em que não conseguia tratar dos gémeos e  que no espaço de 3 horas cheguei ao hospital desidratada.
  • Depois de escarlatina da mais velha, diagnosticada por mim no primeiro momento que vi as pintas, mas que precisou de 5 horas na urgência do hospital para receitarem o antibiótico.
  • Depois de uma faringite minha em que sentia o ranho a escorrer nariz abaixo sem puder assoar porque tinha um gémeo doente ao colo,
  • Depois de ir trabalhar (sim, já estou a trabalhar) com 2 horas de sono em cima e saber que vou chegar a casa e não tenho tempo para dormir e recuperar...
  • Há momentos em que um chora e vês que tem febre mas o termómetro marca 37,2 e num rasgo de insistência pegas noutro termómetro e marca 38,8.
  • Há momentos em que sais do trabalho, vais buscar os 3 e leva-los os 3 para o hospital, não porque as consultas a 3 estejam em desconto, mas porque estão os 3 doentes.
  • Há momentos em que tu estás doente, mas não vais ao médico porque não tens tempo, tomas benurons e actifeds e rezas que passe.
  • Há momentos em que tu pensas que eles te pegaram a constipação, mas logo vem alguém a mandar a boca que estás constipada e pegaste aos meninos
  • Há momentos em que depois de um dia inteiro em casa, não tivemos tempo de fazer jantar e acabamos por comer torradas e cereais e sentes-te a pior mãe e mulher do mundo.
  • Há momentos em que estão os 3 a tomar o mesmo antibiótico e tentas dar a todos ao mesmo tempo para não te escapar nenhum.
  • Há momentos em que só apetece chorar com eles e em vez disso cantas e danças para eles se calarem e verem o que é que esta parva está a fazer.
  • Há momentos em que devias ter paciência, mas em vez disso mandas um berro e ficas com a consciência pesada e passas o resto do dia a dar mimos e beijinhos como se de alguma forma compensasse.
  • Há momentos em que um dorme apenas o tempo que o segundo demorou a adormecer e apetece-te chorar porque tinhas tantos planos, não era arranjar as unhas, nem sequer pintar o cabelo ou fazer a depilação, era simplesmente tomar banho e fazer almoço para a mais velha.
  • Há momentos em que sais do quarto deles, desesperada, depois de estar 45 minutos a tentar adormece-los e em surdina pregas um berro à mais velha para fazer menos barulho e ela fica a tremer, apavorada, não do berro, pois este foi em surdina, mas do susto de morte que apanhou por teres chegado sem ela dar conta. E ficas cheia de remorsos e espalhas-te no chão a abraça-la a pedir desculpa.
  • Momentos em que estás o dia todo em casa e são 15 horas, ainda não almoçaste, levantaste-te às 6.30, só tomaste uma torrada às 10h com um ao colo e vais almoçar com o outro ao colo.
  • Momentos em que o cansaço é tanto que olhas para um deles sem os cintos no ovo e não te recordas se já tiraste os cintos ou se nunca o puseste e ele veio no carro sem o cinto.
  • Momentos em regressas ao teu quarto onde te ausentaste por segundos e vês que deixaste um deles na tua cama sem qualquer proteção e pensas que tens um anjinho da guarda a olhar por eles que fez com que ele não se tivesse mexido.
  • Momentos em que esperas que a ajuda chegue, mas ela só chega passado 1 hora e a crise está resolvida.
E depois vem a escola.
Aquele bicho papão de doenças e outros cuidadores que não tu, que te faz sentir a pior mãe, não pela sensação de vazio por os teres deixado lá, mas por, gostares da sensação de teres algumas horas sem miúdos e conseguires respirar.

Enfim...posso dizer que sim, passamos momentos difíceis, muito difíceis, mas também muita, muita felicidade, um sem fim de alegrias, de cumplicidades de aprendizagens.
Não escrevi no blog, não, mas quis além de ultrapassar os momentos dificeis, aproveitar todos os maravilhosos momentos que também vivemos.
E sim, é possível sobreviver, viver e gozar tudo o que a vida nos tem para oferecer.

Agora, espero que vivo momentos mais calmos, em que tudo se parece compor, vou tentar recomeçar a escrever.
Vou escrever sobre o agora, mas também sobre estes momentos que vivemos.
Vou libertar o que me vai na alma, mas também recordar.
Ass.:
Eu mãe mulher menina

I'm back




Voltei caros leitores, voltei.

Por quanto tempo não sei.
Se regular, pois espero.

O que sei é que tenho saudades, saudades deste meu cantinho, saudades de me libertar do que me vai na alma.
E por isto vontade não me falta.

Me aguardem!

Ass.:
Eu mulher mãe menina

segunda-feira, 14 de março de 2016

Amo estas aulas

Fui convidada para uma aula aberta de Play & Learn de nível 1 (2 aos 6 meses) pelo Gymboree de Carnaxide.

Já conheço o Gymboree há 6 anos, eles têm parcerias com algumas escolas e tinham na escola antiga da M.
Ela sempre teve estas aulas desde os 6 meses aos 3 anos e por ela continuava.

Desta vez fui com os gémeos.
O desafio era maior.
São dois, e mais novos do que a M era quando começou, mas o Gymboree de Carnaxide nunca nunca desaponta.
Ajudou-me em tudo o que foi necessário para que os meus bebés pudessem usufruir da aula e da mãe.

Estas aulas têm como objectivos fortalecer laços afectivos, partilhar experiências entre mães e/ou pais com bebés mais ou menos da mesma idade, estimular a audição e visão, entre muitas outras experiências.
Tudo isto tornando os bebes mais calmos, atentos e interessados no mundo que os rodeia.
Temos canções calminhas, actividades que desenvolvem a motricidade dos bebés sem os esforçar demasiado e materiais de vanguarda só a pensar nos nossos bebés.
E não é só para bebés, têm aulas também para crianças mais crescidas.

Enfim, amo de paixão estas aulas.
Deixo umas fotos da minha aula, mas aviso já, não demonstram nem metade das experiências que vivemos por lá.














Ass.:
Eu mãe




quinta-feira, 10 de março de 2016

Diálogos cá de casa



Ela a colocar pasta de dentes na escova dela.
Eu: Filha, olha, o tamanho de uma ervilha chega.
(li algures que a cena de cobrir a escova toda é meramente publicidade e chega o tamanho de uma ervilha para lavar os dentes)
Ela: O tamanho de um milho?
Eu: Sim!

Dias mais tarde...

Eu a colocar pasta de dentes na minha escova.
Ela: Mamã, porque é que pões mais do que uma ervilha?
(1-0 ganha a filha)
Silêncio...
Tinha colocado para aí 2 ervilhas.
Ela: mamã, eu perguntei-te...
(2-0)
Eu: Esqueci-me.
Ela: Esqueces-te sempre?
(3-0)
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço, não pode ser solução.

Ass.:
Eu mãe