quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Hoje...

 
Sou sincera, acho que o dia de hoje há notícias a mais.
Não consigo perceber se estou mais perplexa pela decisão dos americanos para a qual não tenho palavras, se pelo Pedro Dias se ter entregue às autoridades e ser um pobre coitado de lhe terem montado uma caça ao homem (afinal ele só matou quem lhe estava à frente, estas autoridades são mesmo tontas), se pela detenção de um chefe da guarda prisional por estar a compactuar com um recluso em casos de burlas.

Sim, como alguém disse, acho que hoje é um bom dia para ir viver para Marte.

Ass.:
Eu mulher

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

"Passou-bem"?



Sou uma pessoa que habitualmente não tem problemas com arrumadores de carros.
Falo para eles como falo para outra pessoa qualquer, porque a realidade é que é uma pessoa como outra qualquer, mas não exageremos.

No outro dia, na escola dos miúdos estava um arrumador a tentar ganhar uns trocos, não é habito, mas estava.
Estacionei o carro e expliquei-lhe não lhe ia dar moeda, uma vez que ia só buscar os miúdos à escola.

Quando regressei ao carro, lá estava ele.
Eu com um miúdo no marsúpio, outro ao colo e mais a M.
E ele não vai de modas, começa a conversar comigo, mas numa amena cavaqueira.

 Ele: São gémeos?
 Eu: Sim, sim.
 Ele: Ah a minha mãe também era gémea...e continua
 Eu: Pois.

Isto é um ponto final, mas ele não achava que era um ponto final e continuava a falar e a falar e a falar
Eu coloco o T na cadeira, aperto o cinto, M na cadeira dela e tenho de dar a volta ao carro para ir colocar o P na cadeira dele.
O senhor mesmo à minha frente.
Sujo.
Muito sujo.
Sem dentes.
A cheirar mal da boca, sim, ele estava tão perto que o hálito dele chegou às minhas narinas.

Pois então, o menino P, que estava enfiado no marsúpio à minha frente, lança o seu maior sorriso e estica-lhe a mão para um "passou-bem".
Pois claro, quem é que resiste?
Ninguém.
E o senhor, deu-lhe o "passou-bem" e eu só pensava nas doenças que poderiam estar naquele aperto de mão e tentava desviar-me, mas não havia volta a dar, o senhor estava a ser mais que simpático e eu só a querer sair dali para fora com os meus miúdos.

Continuei com a minha vida, mas o senhor também continuou.
O P balbuciou qualquer coisa e ele achou que o P queria cantar para ele e quase que enfia a cabeça dentro do carro, só não enfiou porque eu estava a frente a colocar o cinto ao miúdo.
Lá lhe tento explicar que o miúdo não fala, muito menos canta e que tenho de me ir embora.
Pois ele acompanha-me à minha porta, que é do outro lado do carro e sempre a falar da tia e da mãe que eram gémeas, mas a mãe era má, mas a tia não...

Please!!!

Ass.:
Eu mãe a tentar fugir.


TPC

 
A M está no 1.º ano.
A professora avisou logo na apresentação que iria mandar TPC, apenas ao fim-de-semana.
Ela acha e eu concordo que eles são ainda muito pequeninos para trabalharem o dia todo na escola e depois ainda mais em casa.
Prefere que eles trabalhem como deve ser na aula e quando vão para casa que brinquem, corram e se divirtam.
Eu, além de concordar dá-me imenso jeito. Nesta fase da minha vida, com os gémeos pequenos, as rotinas de final do dia são tudo menos tranquilas para ainda juntar TPC diários.
No entanto, normalmente às sextas-feiras questiono a M se não quer fazer logo os TPC e empolgada com a escola como andamos as 2, fazemos logo nesse mesmo dia depois dos gémeos estarem a dormir.

No outro dia a senhorita, saiu-se com esta:

 - Mãe, os trabalhos são meus, não são teus, por isso eu faço quando eu quiser fazer.

Não esperou pela resposta:

 - Tens razão, são teus, mas depois, quando quiseres fazer e precisares da ajuda da mãe, eu posso não estar disponível. E uma coisa te digo, não há jogos de computador se os trabalhos não estiverem feitos!

Não me respondeu.
Uns momentos mais tarde, vou dar com ela a fazer os trabalhos e a pedir ajuda ao pai.

Espertinha que a menina me saiu!

Ass.:
Eu mãe

Receita repetida

É simplesmente delicioso e tinha de partilhar.
Fiz nos meus anos e já repeti a receita 3 vezes.
Faz sempre sucesso.
Fácil e de chorar por mais.
Faço tudo na minha imitação de bimby, não perguntem tempos que é tudo a olho.

SALAME DE CHOCOLATE ENFORMADO

300 g bolacha maria
100 g Margarina
100 g chocolate em pó
200 g açúcar
2 Ovos grandes
1 gema

Para a cobertura
1 dl natas
200 g chocolate em barra
50 g açúcar em pó


Parte-se as bolachas em bocados.
Bate-se a margarina derretida com o chocolate e o açúcar; depois põe-se os ovos e a gema e volta-se a bater. Junta-se a bolacha e envolve-se bem.
Coloca-se numa forma de aro amovível e vai ao frio até solidificar.
Entretanto, prepara-se a cobertura: ferve-se as natas, e adiciono o chocolate partido e o açúcar. Mexo até ficar tudo derretido.
Desenforma-se o bolo e rega-se esta cobertura por cima.

Daqui
 Ass.:
Eu mulher

Diálogos cá de casa

No dia que fui dar sangue a M queria que lhe pegasse ao colo.

Eu: Oh filha, a mãe hoje não pode que foi dar sangue e não pode fazer esforços.
Ela: Ai foste? Onde está o corte?
Eu: Qual corte?
Ela: O corte que te fizeram para o sangue sair!

Comecei a pensar nas razões desta pergunta... Uns dias antes tinha explicado que as pessoas às vezes têm acidentes em que fazem cortes muito muito grandes onde sai muito sangue e então precisam de sangue de outras pessoas se não morrem.

Será que fui explícita demais?

Perante o seu ar assustado, clarifiquei ainda que o meu sangue se iria renovar nos dias seguintes e eu não ia ficar sem ele. Que seria tipo una torneira de água, que a minha torneira de sangue iria continuar a correr.

Para uma miúda de 6 anos, se calhar abusei, não?

Por fim, acrescentei que a sua própria avó que já morreu também precisou e que o seu avô se calhar já teria morrido se não andasse a levar sangue que outras pessoas dão.

Ups, realidade demais?

Com tanta explicação, acho que foi muito bom a pergunta ter sido apenas sobre o corte.

Mas pronto, lá conclui que, por isto é que é tão importante que nós pessoas saudáveis como nós dêem sangue para ajudar os outros.

Ass.:
Eu mãe

Em modo mudança de estação

Mais alguém nesta fase?
Quem me manda ter 3 filhos pequenos, com trezentos quilos de roupa?
Ando sempre nesta saga e parece que nunca acaba.
Dois sacos já se foram e ainda me falta isto...

Ass.:
Eu mãe