quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Porque o que começa mal pode acabar bem

Ontem fui a uma conferência de manhã.
Sou sincera, não me apetecia ir, estava um pouco como o dia, triste, nublado.
Era uma alteração à rotina que não me estava para aí virada, apanha metro para aqui, corre para acolá, eu há 14 anos a trazer carro para Lisboa, não me apetecia ter de levar com a insegurança do desconhecido.
Mas fui. E foi o melhor que fiz.
Na conferência aprendi muito, mesmo muito.
Ouvi questões que nunca tinha pensado muito nelas. Ouvi oradores muito bons, outros menos bons.
Mas aprendi. E aprendi mais, aprendi que não quero andar para trás. 
Cheguei a um ponto da minha vida profissional em que já percorri muito e não, não quero voltar atrás.
O dia começou a clarear.

Encontrei uma antiga colega nessa conferência. Começámos a trabalhar na mesma altura (há 16 anos), eu uma administrativa (a tirar o meu curso em horário pós-laboral) e ela começou como coordenadora (já com a sua licenciatura). Os anos foram passando e ela foi para outro organismo. 
Ironia do destino, que neste anos em que não nos vimos, ela foi despedida, teve de tirar (e pagar) novo curso para voltar a ser admitida no organismo onde estava e onde hoje é estagiária a receber como tal.
É triste e não o desejo a ninguém, mas senti-me tão confortável com o que tenho. 
Eu subi as escadas do meu percurso profissional, uma a uma, devagarinho, umas vezes mais feliz do que outras, mas fui sempre subindo e agora penso o mau que eu tenho é muito mas muito bom.
E o sol começou a querer despontar por entre as nuvens.

Almocei com uma amiga de longa data e adorei perceber que apesar de não nos vermos há meses e meses, é como se nos tivéssemos visto ontem, as conversas fluem e o tempo da hora de almoço passa sem darmos por isso.
O dia começou a ficar quentinho e ameno, e às tantas já nem me chateava ter de ir de metro para a outra ponta da cidade.

Voltei ao serviço e arregacei as mangas, agarrei o "touro pelos cornos", enfrentei os meus medos.
E o sol abriu totalmente.

Consegui ir buscar a minha filha à escola cedinho e podemos as duas desfrutar de um final de tarde magnifico com o sol no seu esplendor.


Ass.:
Eu mulher

1 comentário:

  1. Sabes que o devagarinho leva-nos longe. Subir degrau a degrau pode deixar-nos exaustos, mas quando chegamos ao patamar, o mérito é nosso e não de outros. Se for preciso, recomeçamos tudo de novo, com a mesma coragem, aquela que sei que tens!

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