sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Diálogos cá de casa

No dia que fui dar sangue a M queria que lhe pegasse ao colo.

Eu: Oh filha, a mãe hoje não pode que foi dar sangue e não pode fazer esforços.
Ela: Ai foste? Onde está o corte?
Eu: Qual corte?
Ela: O corte que te fizeram para o sangue sair!

Comecei a pensar nas razões desta pergunta... Uns dias antes tinha explicado que as pessoas às vezes têm acidentes em que fazem cortes muito muito grandes onde sai muito sangue e então precisam de sangue de outras pessoas se não morrem.

Será que fui explícita demais?

Perante o seu ar assustado, clarifiquei ainda que o meu sangue se iria renovar nos dias seguintes e eu não ia ficar sem ele. Que seria tipo una torneira de água, que a minha torneira de sangue iria continuar a correr.

Para uma miúda de 6 anos, se calhar abusei, não?

Por fim, acrescentei que a sua própria avó que já morreu também precisou e que o seu avô se calhar já teria morrido se não andasse a levar sangue que outras pessoas dão.

Ups, realidade demais?

Com tanta explicação, acho que foi muito bom a pergunta ter sido apenas sobre o corte.

Mas pronto, lá conclui que, por isto é que é tão importante que nós pessoas saudáveis como nós dêem sangue para ajudar os outros.

Ass.:
Eu mãe

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